Em time que está ganhando, não se mexe. Esse é um ditado muito comum no meio do futebol, e se tornou figura de linguagem para justificar a manutenção de ideias e escolhas em outros setores. Diretores e gerentes de grandes empresas usam o jargão para justificar suas escolhas, e isso acontece em vários níveis organizacionais das empresas.
Claro que novidades fazem parte do mercado econômico. Um exemplo disso são os novos cassino online Bitcoin, que diariamente lançam jogos divertidos e interessantes. Entretanto, as desenvolvedoras de jogos notaram que o sucesso vai muito além de criar jogos diferentes, com recursos novos, e jogabilidade ainda pouco conhecida pelo público.
Apostando na manutenção dos clássicos, as grandes empresas de jogos eletrônicos mantêm seus maiores sucessos em atividade, dedicando-se apenas a escutar os fãs e a atualizar determinados bugs, adicionar novos personagens e mapas, entre outras novidades. Tudo isso sem mexer no principal: a franquia.
Faturamento estratosférico
Quando Pokémon foi lançado, em 1996, foi um sucesso em vendas. Em apenas um ano, mais de 300 milhões de cópias do jogo foram vendidas em todo o mundo. A Nintendo, até então uma empresa que tinha apenas alguns jogos conhecidos, como Mario Brós, em seu catálogo, se tornou uma das maiores empresas do setor.
Atualmente, Pokémon está na 25ª edição. Novos bichinhos são adicionados à medida que novos enredos e personagens também são criados. Entretanto, a história principal continua a mesma. Os jovens vivem em busca de monstros cada vez mais fortes para competir entre si, em lutas e batalhas emocionantes.
Estima-se que, apenas com Pokémon, as desenvolvedoras tenham lucrado um montante de $90 bilhões de dólares. Esse valor inclui também, além da venda dos jogos, venda de produtos licenciados, como roupas, cadernos, entre outros objetos. Mario, outro título da Nintendo, já faturou mais de $30 bilhões de dólares, sendo lançado para todos os tipos de console da empresa.
O sentimento de pertencimento
A insistência de grandes empresas na manutenção de suas franquias de maior sucesso é justificada por milhares de dólares de lucro anual, usando uma ‘’receita’’ que eles conhecem muito bem. Mas o que leva o público a continuar gastando suas economias com um jogo o qual já conhecem a jogabilidade e o enredo?
Uma resposta para isso pode ser o sentimento de pertencer a uma comunidade. Participar de grupos de Pokémon e de Mario, se tornar expert no assunto, adicionar novos monstros ao catálogo, aprimorar suas habilidades de jogador…
Diversos motivos levam os jogadores a se envolverem cada vez mais com os novos títulos de uma mesma franquia. Ainda que, muitas vezes, esse alto volume de títulos repaginados seja motivo de reclamação de fãs e apaixonados pelo jogo.
Apostando em uma cultura de renovação, as desenvolvedoras continuam lançando novos títulos, baseados em franquias que fizeram sucesso. Tudo isso com o sentimento de que mesmo que o jogo não seja o melhor de todos, nem apresente novidades envolventes, o público que gosta da franquia vai se dedicar a consumir cada novo conteúdo.