Análise | Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon
Disponível para Nintendo Switch
Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon é um belíssimo exemplo de como franquias podem expandir para novas ideias além de seu gênero original, sem que isso o faça perder a essência do que tornam o mundo e seus personagens tão encantadores quanto. Um encantador título que foi lançado no último dia 17 de março, com exclusividade ao Nintendo Switch.
O título foi desenvolvido pela própria Platinum Games, estúdio também responsável pela trilogia original, e seu criador, Hideki Kamiya, aqui surge como um dos escritores da obra, já que trata-se de um conto de origem, se passando na infância da protagonista, naquele momento em que Bayonetta ainda era apenas a jovem aprendiz de bruxa Cereza. Diferente da trilogia original, a qual Sega e Nintendo atuam como as distribuidoras globais das obras, em Cereza and the Lost Demon apenas a Nintendo figura como publisher desta produção.
Diferente de Bayonetta 1, 2 e 3, pertencentes ao gênero Hack & Slash, Bayonetta Origins é um puzzle adventure, ou seja, é um jogo de aventura repleto de quebra cabeças para avanço da jogabilidade e narrativa. Mas não apenas isso, a câmera também muda, deixando de lado a perspectiva em terceira pessoa para algo mais isométrico, aquela com uma visão mais ampla, superior ao cenário do jogo. Aqui o jogador também terá mecânicas criativas e diferentes, encontrando momentos em que se terá que controlar dois personagens simultaneamente, Cereza e seu gato demônio, Cheshire. Esse estilo de controlar uma dupla funcionará tanto para os puzzles quanto para os momentos de batalha, pois sim, também há combates aqui!
Único infortúnio a se relatar nesta etapa de apresentação é o fato de que Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon chega sem nenhuma localização em português, estando disponível apenas com os áudios em inglês e japonês, enquanto ainda existe a opção de textos e menus em espanhol, que é uma opção bem comum aos brasileiros que não dominam muito o inglês. Mas a crítica é sempre válida, especialmente sabendo que o título também foi localizado para alemão, chinês, coreano, francês, italiano e russo.
Fábula prequel
Ter mencionado a falta de localização em português é até mais importante, para este lançamento, pois narrativa e jogabilidade se entrelaçam para entregar uma experiência singular de jogo. E se o jogador não entender um pouco do que está ocorrendo na história, a imersão final pode, sim, ficar um pouco comprometida.
Isso ocorre porque a narrativa de Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon acontece exatamente como uma fábula, com direito ao clássico livro de contos sendo aberto antes do início da aventura, direto na Tela de Início da aventura. E vai além: uma narradora começa a lhe contar a história de Cereza, como um conto mesmo. No inglês, a narradora faz um excelente trabalho, imitando vozes de personagens para contar o que os mesmos disseram e assim como revela como eles estão se sentindo, além de detalhes do ambiente ao redor, ainda que você os esteja vendo em lindas artes que rolam pela tela como páginas de um livro infantil. É como uma contadora de histórias profissional realmente faz para encantar crianças que estão ouvindo tal fábula. É fantástico e maravilhoso.
Infelizmente se o jogador não entende lhufas de inglês, parte dessa experiência acaba se perdendo, deixando-o refém das cenas em animação (cutscenes) e quem sabe da opção de legendas em espanhol – que não resolvem tudo, mas quebram um galho aqui ou ali. Felizmente a parte visual da narrativa é muito boa, e mesmo assistindo em outro idioma, você consegue entender parte do que a história está lhe dizendo.
A trama conta as origens mesmo da pequena Cereza, filha de um romance proibido entre dois clãs mágicos que não deveriam se misturar. Separada de seus pais e não bem vista por ninguém. Tratada como uma aberração, mas ainda assim criada pelo clã das bruxas. Em seus primeiros anos de vida, Cereza conseguia adentrar na prisão da vila para falar com sua mãe, mas nem mesmo isso durou. Em certo momento sua mãe foi exilada para uma prisão ainda mais… profunda, a qual Cereza não poderia ter acesso, exceto se conseguisse se tornar uma bruxa muito poderosa para quebrar os silos e proteção mágica dessa prisão.
E assim Cereza cresceu, e com 10 anos, uma bruxa, vivendo aos arredores da vila do clã, a acolheu como sua aprendiz. Mas Cereza tinha pressa, e seu treinamento não era rápido o suficiente. Um dia uma figura enigmática e estranha surge para a garota, dizendo que um grande poder repousa numa floresta aos arredores de onde ela mora. Uma floresta com imenso poder mágico, mas repleta de perigos. Cereza deveria enfrentar estes perigos, adquirir tal poder, e que assim poderia ir até a prisão mágica soltar sua mãe. Será mesmo esta as intenções de tal figura? O que há realmente com o poder oculto dentro da floresta de Avalon? Se é mesmo um poder tão grande, porque estaria lá, sem que ninguém o pegue? Pois é!
Mas Cereza ainda não é a icônica Bayonetta que conhecemos, mas ela acredita que pode vencer a floresta, conseguir tal poder e enfim rever sua mãe. Mesmo que isso vá contra as ordens de sua Mestre. Mesmo que ela sequer saiba como poderá lutar sem ainda nem ter aprendido a invocar um demônio, uma ferramenta tão importante pra as bruxas do clã.
Contudo a roda do destino parece sorrir para Cereza, pois justamente no primeiro perigo dentro da floresta, que logo ela descobre ser guardada por seres conhecidos como Fairies, a garota consegue invocar seu primeiro Demônio, que para seu azar, acaba descobrindo estar preso no mundo real, já que Cereza não sabe mandá-lo de volta, e ele sequer pode se afastar da menina, pois começa a enfraquecer com a distância. Só lhe resta ajudar Cereza a adquirir o poder oculto da floresta, para que assim ela consiga mandá-lo de volta. E este demônio então resolve se alojar no pequeno animal de pelúcia de Cereza, o único presente que a garota tem de sua mãe. E assim esse demônio recebe o nome da pelúcia em si, Cheshire!
Cheshire e Cereza agora estão unidos pela roda do destino. Não há como sair da floresta mágica, sem antes adquirir o tal poder guardado por quatro selos mágicos. Porém todos são bem guardados pelos tais Fairies, que farão de tudo para distorcer a realidade de todos que buscarem tal poder selado. Ambos agora estão unidos em uma jornada de auto conhecimento e aprendizado, a qual precisam encontrar meios de se tornarem mais fortes conforme os perigos da floresta vão aumentando.
Dois protagonistas, um controle
Contudo não é só na apresentação narrativa que Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon brilha, pois nos aspectos de seu gameplay, o título também entrega uma apresentação singular, criativa e digna de ser elogiada, especialmente quando pensando em um puzzle adventure, com todas as limitações do gênero em si.
O grande trunfo com certeza é o conceito de lidar com dois personagens, Cereza e Cheshire, simultaneamente com um único controle. Pode ser confuso e complicado em alguns momentos, mas o jogo também cria recursos para que isso não ocorra sempre, de modo a fadigar o gameplay. Isso faz com que a fórmula mais se comporte como um desafio do que como uma frustração burocrática.
Funciona da seguinte maneira. O controle tem dois lados, correto? Esquerda (Left – L) e direita (Right – R). Cada lado tem uma alavanca, e botões gatilhos e no ombro do controle (chamado de bumpers). Dito isso, Cereza sempre irá ser controlada pela alavanca esquerda, enquanto seus comandos são ativados com os botões superiores do controle, bumper (L) e gatilho (ZL), enquanto Cheshire será o oposto, com o gato demônio andando com a alavanca direita e utilizando comandos com o bumper (R) e gatilho (ZR) do lado direito. Parece complicado de início, mas sinceramente achei bem intuitivo após os minutos iniciais jogando.
Cereza não pode atacar diretamente os inimigos, função esta reservada a Cheshire, então nas batalhas ela funciona como uma personagem que presta suporte, usando sua magia para prender inimigos, dando a liberdade para que Cheshire escolha atacar quem ela prendeu ou então pegar outro inimigo que esteja indo atacá-los.
Controlar dois personagens em arenas de batalhas é um tanto caótico sim, não vou negar. Mas não é uma dor de cabeça como pode parecer. Normalmente os inimigos não focam seus ataques em Cereza, já que Cheshire vai para a linha de frente da batalha, e ainda assim, quando Cereza estiver com problemas, o jogador pode totalmente parar de dar atenção a Cheshire, já que o mesmo não tem uma barra de saúde. O importante é que Cereza não tome dano, pois ela sim tem tal barra. Se Cheshire tomar muito dano ele apenas retorna ao formato de bicho de pelúcia, e Cereza pode pegá-lo e ativá-lo novamente depois de alguns segundos.
E conforme o sistema de batalhas vai se desenvolvendo, por meio de uma árvore de habilidades a qual o jogador vai desbloqueando novos golpes, fica claro que a intenção desse sistema duo de personagens é automatizar um pouco certos comandos da batalha. Por exemplo, depois de certo progresso nessa árvore, quando Cereza prende um inimigo, caso o jogador segure o ZR de Cheshire, isso ativará um golpe em que fará o gato ir imediatamente e de forma automática para morder o inimigo preso por Cereza.
Em outra habilidade, Cheshire também haverá uma finalização que o fará ir direto a um inimigo com um ícone que indica que ele pode ser finalizado por um golpe carregado. São elementos dentro da jogabilidade que realocam os personagens conforme a necessidade da batalha, para que o jogador não se perca por estar controlando dois personagens, em direções distintas, lidando com duas alavancas no controle. É bem inteligente tais mecânicas.
Além disso, para que o jogador não precise a todo momento andar com dois personagens ao mesmo tempo, Cereza pode recolher Cheshire, pressionando L, para dentro de sua pelúcia quando não for necessário que o gato esteja fazendo algo no mundo do jogo, seja batalhando, sendo lhe auxiliando num puzzle. E ao fazer isso, o jogador só precisa andar com a bruxinha, enquanto a alavanca da direita funciona como uma espécie de chicote, rotacionando Cheshire ao redor da Cereza para recolher itens espalhados pelo cenário, o que por sinal é bem engenhoso.
No que diz respeito aos ambientes da floresta de Avalon, Cereza e Cheshire precisa trabalhar juntos para avançar pelos cenários. Muitas vezes há caminhos que Cheshire precisa quebrar com suas garras, em outras é Cereza quem tem que avançar por ervas que causam dano ao gato, enquanto ambos descobrem meios de abrir o caminho um para o outro. Cereza pode atravessar finos cipós, com Cheshire em seu colo, enquanto o gato pode puxar vinhas que se tornam pontes quando não houver maneiras de passar. Ambos trabalham de forma coordenada, afim de avançar barreira a barreira do jogo.
Inclusive uma mecânica bem interessante dessa dinâmica é uma a qual Cereza pega a pelúcia de Cheshire e o arremessa em plataformas mais altas, e então o gato pode assumir sua forma demônio e explorar esse local mais alto, a qual Cereza não teria como alcançar. O jogo constantemente encontra maneiras de explorar essa dinâmica de diferentes formas, em inúmeras situações distintas. O jogador está sempre parando em alguns locais e pensando “okey, como vou explorar isso aqui?“.
Há também que se mencionar que o mundo de Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon é totalmente interconectado. O que significa que o jogo não é dividido em mundos ou fases, ainda que não seja exatamente um metroidvania, que dá para o jogador explorar diferentes áreas em momentos que bem entender. A estrutura é bem linear, com Cereza seguindo pegadas de um enorme lobo branco que está lhe guiando pela floresta. O que acho interessante, pois caso contrário, certamente iria me perder em alguns momentos do mundo, quando passo por cenários que já visitei para ir por um outro caminho que previamente não podia ter acesso.
Claro que se o jogador desejar revisitar alguns locais, é totalmente possível nesse mundo de ambiente aberto. Contudo não acho recomendável fazer isso a todo momento. Logo fica claro que a progressão da história dará habilidades a Cheshire que o permitirá avançar por alguns locais. Sem ter todas estas habilidades, explorar locais já vencidos é bobagem. Vale esperar até avançar bem no jogo para pensar em voltar onde talvez se tenha deixando um baú ou item escondido. Até porque o mapa do jogo é um pouco confuso, sendo visualizado em uma tela única, sem muitas direções e indicações.
Fora que assim, os itens mais preciosos do jogo são aqueles que melhoram algumas barras de magia e saúde de Cereza, assim como dois itens especiais, um para Cereza e outro para Cheshire, que permitem destravar golpes especiais na árvore de habilidade. Contudo explorando os ambientes conforme se avança por eles já é o suficiente para encontrar um bom número destes itens, sem que o jogador se sinta obrigado a voltar para coletar ainda mais.
Falando em progressão, a sensação de estar sempre aprendendo coisas novas é constante na aventura. Na trama, Cereza e Cheshire precisam encontrar e destruir quatro fontes de magia que estão nos confins da floresta de Avalon. E por mais que pareça pouco objetivos, eles tendem a se acumular com outros objetivos secundários a trama, como Cereza resolver ajudar pequenas almas perdidas na floresta, contudo o que estou tentando dizer é que leva tempo considerável de aventura para destruir todas estas fontes de magia. Contudo, sempre que uma fonte é destruída um leque de possibilidade é destravado ao jogador.
Isso porque Cheshire passa então a ter poderes elementais, desde interagir com o verde da floresta, puxando galhos com uma língua de folha, para um elemento que destrói grandes blocos amarelos de pedra ou um esguicho de água de sua boca que o permite direcionar plataformas com o fluxo desse potente esguicho. Estas formas elementais também são inseridas em combate, com Cheshire tendo golpes diferentes de acordo com a forma elemental a qual o jogador selecionou. O demônio gato inclusive muda visualmente de forma, reforçando a cores elementos de cada um destes poderes adquiridos. É bem maneiro com a dinâmica do jogo vai evoluindo com estes poderes, assim como os puzzles vão se adaptando com estas novas possibilidades de destruição e interação.
Por fim, um último elemento de jogabilidade a qual achei marcante e interessante são os portais dimensionais. Os inimigos do jogo, as Fairies, causando distorções de realidade na floresta, e Cereza precisa entrar em uma espécie de dimensão paralela para fechar estas distorções. Dentro destas dimensões o jogador irá encontrar dois tipos de situações: arenas de combates, a qual deve vencer inúmeros inimigos, e puzzles de colaboração entre Cereza e Cheshire. As arenas até são boas, mas o combate também acontece na exploração normal da floresta, contudo o que é digno de elogios destes portais são seus puzzles, sempre muito bem elaborados com ótimos desafios envolvendo o controle de ambos os personagens. O jogo inclusive poderia ter mais destes portais e puzzles.
Os puzzles destes portais são bem criativos e diferentes dos encontrados na exploração normal da floresta. Em um deles, Cheshire precisa pisar em plataformas de um lado, enquanto do lado de Cereza elas estão invisíveis, aparecendo somente quando Cheshire as revelam em seu lado. Em outro há trens pelo caminho que precisam ser evitados, mas você está andando com dois personagens ao mesmo tempo, o que complica o timing da brincadeira. Gostei também de outro que envolvia Cereza ficar numa plataforma móvel, enquanto Cheshire movia a mesma embaixo, exigindo que o jogador tomasse cuidado para que Cereza não fosse atingida por inimigos ao mover tal plataforma. Enfim, excelentes puzzles, justamente envolvendo o conceito de controlar dois personagens ao mesmo tempo.
Considerações finais
Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon é uma inesperada surpresa advinda do mundo de Bayonetta. É muito interessante como a PlatinumGames pegou um título que originalmente possui um apelo mais sensual, mais adulto, e o transformou num encantador conto infantil. E parece ter dado certo, pois encanta aos fãs dos jogos principais, enquanto também funciona com o público mais novo, a qual ainda talvez não possa ou tenha feito a transição para os games mais adultos.
A direção de arte combina com tal proposta. A ideia de apresentar a narrativa como uma fábula de um livro funciona perfeitamente ao estilo gráfico e visual do jogo em si. E isso não faz com que o título perca sua identidade visual para com os jogos da Bayonetta, pois os elementos gráficos se parecem, desde círculos de magia, para com os inimigos e ambientação de mundo, sempre com elementos caóticos, bem detalhados, e bom uso das cores vibrantes, sombrias e hiper coloridas quando necessárias.
Além disso, diversos elementos do universo de Bayonetta se fazem presentes aqui, mesmo que seja uma aventura em um gênero totalmente diferente dos jogos anteriores. Adoro todas as vezes que Cereza tem que explicar a Cheshire a importância de um cabelo bem cuidado para as bruxas, enquanto o gato demônio parece não se importar em melecar o cabelo da menina sempre que devora uma fruta suculenta.
A ação não é tão frenética, mas os combates tem um certo senso de tensão e possuem cenas com golpes devastadores e ótimos momentos de finalização, ainda que não sejam tão diversificados assim e mais animalescos por serem realizados com Cheshire, se bem que esse estilo lembra um pouco o que o próprio estúdio já tinha apresentado ano passado com Bayonetta 3.
Elogios também precisam ser feitas no que diz respeito a construção de mundo e a forma como o explora. Tudo estar interligado mostra o quão bem idealizado e planejado foi a floresta de Avalon, ainda que o jogo não dê tanta liberdade assim para escolher caminhos. E nas horas iniciais essa sensação ainda é um pouco confuso, enquanto jogo leva um tempo para fazer com que o jogador entenda seu ritmo e dinâmica, o que também é totalmente justificado por conta da jogabilidade diferenciada de dois protagonistas simultaneamente.
E jogabilidade também é outra aspecto que merece seus méritos, seja nos segmentos de combate, seja nos quebra-cabeças, dos mais simples aos mais inteligentes, quanto a própria exploração em si e as mecânicas utilizadas para passar cada um dos obstáculos pelo caminho. Foi um risco bem grande aos desenvolvedores trabalhar com tantos aspectos diferentes, no sentido de um poderia ser mais fraco do que outro, contudo felizmente não foi o que aconteceu e tudo é muito bem balanceado.
Para concluir, acredito que Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon é um fantástico spin-off de uma franquia que já foi há muito injustiçado, e que se reergueu graças a própria Nintendo, que apoiou incondicionalmente duas sequências e agora mais este lançamento. Um jogo que esbanja criatividade, incrível direção de arte, e que trabalha com um gênero muito difícil de entregar algo original e singular em tempos de jogos cinemáticos, mas que consegue romper barreiras e lembrar que jogos eletrônicos podem proporcionar boa diversão sem que precisem se comportar como grandes blockbusters. Uma aventura que pode chegar a novas audiências, mais jovens, e consequentemente possuem potencial para fazerem migrar para os jogos mais adultos, e claro, fazer com que a franquia continue recebendo novos títulos, seja com a jovem Cereza, seja como a confiante e poderosa Bayonetta.
Galeria
Dando nota
Incrível apresentação, com sua narrativa contada como uma fábula infantil - 9.5
Jogabilidade criativa, a qual se controle dois personagens, cada qual com habilidades e mecânicas únicas que se complementam - 9
Progressão agradável, com a exploração de um mundo conectado e boa exploração - 8.8
Divertido sistema de combate, diferente da adrenalina dos jogos anteriores, mas igualmente empolgante - 8.5
Puzzles possuem uma ótima condução, com alguns bem criativos e inesperados - 9
Direção de arte é fantástica, cenários lindos e personagens encantadores - 10
Spin-off alcança novas audiências e jogadores, o que pode potencializar a franquia - 9
9.1
Excelente
Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon é uma grande oportunidade de reinvenção de uma franquia que até então alcançava um público mais adulto. No entanto isso não diminui os méritos deste lançamento, que encontra uma belíssima direção de arte, uma fantástica jogabilidade, criativa e divertida, explorando muito bem o gênero de aventura e puzzle. Além disso a obra expande com sabedoria elementos da infância de Bayonetta, já mencionados na trilogia principal. É uma aventura para fãs do universo, assim como para quem nunca até então adentrou neste universo.