Análise Performance | Ratchet and Clank: Rift Apart (PC)

Ratchet & Clank: Em Uma Nova Dimensão (Ratchet & Clank Rift Apart no original) finalmente está disponível para PC. O game, desenvolvido pelo estúdio Insomniac Games e publicado pela Sony foi lançado originalmente em 11 de junho de 2021 com exclusividade para o PlayStation 5. Agora o título chega aos jogadores de PC, dois anos depois, como parte da política da Sony de lançar seus jogos no PC, onde já foram lançados games como Sackboy: A Big Adventure, Uncharted Coleção Legado dos Ladrões, Returnal, Marvel’s Spider-Man Remastered e Miles Morales, além do aguardado remake de The Last of Us, que não teve uma estreia tão bem sucedida no PC, mas que já recebeu muitas correções.

IMPORTANTE: para uma análise com foco em torno da história e aspectos do jogo em si, sem abordagem sobre aspectos técnicos do PC, não deixem de conferir esta outra análise que o site publicou quando o mesmo chegou ao PS5. Aqui irei abordar sua performance nesta nova plataforma a qual o jogo está estreando.

O título foi portado para PC pela Insomniac Games em parceria com a Nixxes, estúdio adquirido pela Sony que vem dando suporte aos ports realizados para PC. Ratchet & Clank: Em Uma Nova Dimensão é o mais recente jogo de uma longa franquia, que teve seu primeiro jogo lançado nos anos 2000 para PlayStation 2. Esta nova aventura foi lançada justificadamente com exclusividade no PS5, pois teve como um dos principais motivos de não ter chego ao PS4 a questão do uso do SSD para o carregamento super rápido da travessia entre dimensões que o jogo utiliza.

A trama inclusive, gira em torno de problemas interdimensionais ocasionados por Nefarious após os acontecimentos iniciais do game. Portanto, a passagem de uma dimensão para outra de forma praticamente instantânea e sem loadings é a principal atração e posso adiantar que o recurso funcionou muito bem utilizando um SSD de ponta. Não seria possível ter a mesma sensação no PS4, dada suas limitações de hardware. Já o PC, claramente consegue lidar com essa função tão importante.

Para realizar os testes de desempenho, utilizei um computador com a seguinte configuração:

Placa Mãe: Asus TUF Gaming B660-PLUS WIFI D4
Processador: Intel Core i5-12600K @3.7 / 4.9 GHz
Placa de Vídeo: Gigabyte GeForce RTX 3080 OC 10 GB
Memória RAM: TEAMGROUP T-Force Vulcan Z DDR4 32GB (2x16GB) 3200MHz CL16
Armazenamento: SSD WD_BLACK SN850 2 TB

Testando em diferentes configurações

Com a máquina pronta, eu explorei o jogo utilizando principalmente duas configurações, a primeira foi utilizando todas as configurações no máximo, mas sem ligar o Ray Tracing ou alguma tecnologia como o DLSS. A segunda configuração foi feita com tudo no máximo, com ray tracing ligado e DLSS em Qualidade. Com as duas experiências eu joguei na resolução de 2560×1440 pixels mirando os 60 quadros por segundo e tive ótimos resultados, mas vale considerar que a configuração utilizada tem equipamentos que ainda não possuem fácil acesso a todos.

Utilizando a primeira configuração gráfica, não tive muitos problemas em desempenho, eu decidi utilizar todo o poder da GPU para a rasterização do game sem o auxilio do DLSS, pois queria saber se meu PC daria conta de rodar a cima dos 60 FPS e para minha felicidade, foram poucas as vezes em que eu vi o contador ficar abaixo da marca, mas falo de momentos onde havia muita coisa acontecendo na tela incluindo uma série de explosões e inúmeros personagens.

As trocas de dimensões foram feitas com muito sucesso em sua maioria, com exceção de poucas ocasiões em que houveram uma demora mínima, mas que não afetaram em nada a integridade da função, mantendo a troca quase que 100% natural. Diferente da última experiência que tive com a Sony no PC (entenda), notei que este port se preocupou bastante em entregar um alto desempenho desde seu lançamento.

Os gráficos do jogo no PC são tão impecáveis como no PS5 e por rodar no máximo da possibilidade gráfica, posso afirmar que admirar os mundos e os personagens com as configurações máximas é algo que todo jogador deveria ter a chance, pois apesar de ser um título de lançamento da geração PS5, ele já apresenta um ótimo trabalho gráfico e de direção de arte.

O preço do ray tracing, é válido?

Para continuar os testes, escolhi jogar com o ray tracing ligado em todas as opções possíveis no Muito Alto e logo de cara notei que o jogo se torna um grande peso para o PC e que não seria viável rodar com a estabilidade prevista sem utilizar algum recurso de upscaling utilizando machine learning. Liguei o DLSS no modo Qualidade, pois também não queria perder qualidade gráfica nem diminuir as configurações máximas já utilizadas desde o início. O resultado com o DLSS ligado foi bem satisfatório, pois manteve, mesmo que com certa dificuldade, o jogo a cima dos 60 FPS.

Em cenas onde muita coisa acontecia, cheguei a ver o game chegando a cerca de 45~50 quadros por segundo, com quedas mais comuns entre 53~58. É preciso afirmar que o ray tracing ligado, tudo fica mais bonito, tudo parece mais real e as luzes e sombras se comportam de maneira como conhecemos no mundo real e valorizando iluminação e outros objetos da cena. Até mesmo para ir de dimensão em dimensão, onde o SSD é o recurso principal, notei que a demora, quando havia, era um pouquinho maior, mas ainda assim, sem comprometer algo do gameplay ou ser de fato algo negativo.

Para quem não se importa com as quedas e deseja utilizar o ray tracing, a experiência com certeza será bem satisfatória. Além disso, o uso de uma placa de vídeo superior a RTX 3080 pode garantir uma taxa de quadros mais estável, principalmente placas high end da geração RTX 4000, que possui compatibilidade com o DLSS 3, que apesar de oferecer uma taxa de resposta um pouco mais lenta, oferece uma taxa de quadros maior. Por fim, acredito que rodar com o ray tracing ligado com 40 FPS seja uma ótima opção aos jogadores, principalmente para quem tem monitores ou TV de 120 Hz.

Ultrawide

Apesar de não jogar muito com a configuração Ultrawide e focar nos testes em 1440p 16:9, pude experimentar também em ultrawide em um monitor Samsung G5 de 34 polegadas e resolução WQHD (3440 x 1440 pixels) e posso afirmar que os jogadores que tiverem a oportunidade de jogar com essa resolução terão uma ótima experiência, pois ampliar o campo de visão ajuda para diversos momentos do jogo, principalmente nas batalhas. Escolhi jogar em 2560 x 1440 pixels para ter uma melhor experiência no desempenho, mas em ultrawide o jogo mostra um grande diferencial em sua versão de PC que não há para os jogadores de PS5. Por isso achei que seria um apontamento interessante de ser fazer.

Concluindo

Ratchet & Clank: Em Uma Nova Dimensão chega como um ótimo port para o PC, a Insomniac e a Nixxes fizeram um ótimo trabalho trazendo uma versão bem estável e oferecendo atualizações com agilidade, que corrigiram pequenos problemas e otimizaram a experiência. Uma máquina High End com SSD consegue rodar muito bem o game em 1440p com cerca de 60 FPS e até atingir o 4K com configurações mais baixas, uma taxa de quadros menor ou utilizando o DLSS.

O fator ultrawide traz um ótimo diferencial não encontrado no PS5 e é um prato cheio para donos de monitores com proporções não convencionais. A história do game agrada, está localizado para nosso mercado com dublagem em português, trazendo uma trama leve e apresentando dois novos personagens a franquia, Rivet e Kit. Mais detalhes você pode conferir na análise da história no texto da versão de PS5, bem aqui.

Vale mencionar também que o jogo é oficialmente compatível com o Steam Deck, mostrando o ótimo trabalho feito pela equipe que portou o game. Esta versão de Ratchet & Clank: Em Uma Nova Dimensão para PC foi lançado no último dia 26 de julho de 2023. Uma cópia do jogo para PC foi gentilmente cedida pela PlayStation para a realização deste conteúdo.

Tabela de Especificações