Análise | Oxenfree II: Lost Signals

Disponível para PlayStation, Nintendo, PC & Mobile

Oxenfree II: Lost Signals te leva de volta a uma nova madrugada de distorções temporais, numa corrida contra o tempo para que o próprio tempo-espaço em si não entre em colapso, enquanto fantasmas tentam escapar do véu da morte, em meio a protagonistas que precisam refletir sobre a si mesmo, decisões que moldaram seus passados e que certamente podem (ou não) impactar seus futuros, presumindo, claro, que irão sobreviver madrugada adentro! Pegue seu rádio, sintonize suas ondas fantasmas, e volte para mais um caso sobrenatural em uma sequência que se mantém muito fiel ao jogo original.

O título segue sendo uma produção da Night School Studio, que também desenvolveu o primeiro jogo lançado em 2016, com apenas a curiosidade de que o estúdio foi adquirido em 2021 pelo grupo Netflix, compondo a divisão da Netflix Games, e que, para este lançamento, atua como a distribuidora global da sequência.

Preciso ter jogado o primeiro para apreciar o segundo? Esta é uma pergunta que não tem uma resposta perfeita, porque estamos em uma nova aventura, com novos protagonistas e personagens, em uma nova localidade, e novos temas para refletir, contudo, estamos no mesmo universo do primeiro jogo, e há certa correlação, com personagens lá do primeiro jogo que farão seus retornos aqui. Ou seja…

Dá para jogar e apreciar a trama da protagonista principal, mas não conhecer a aventura original te faz levantar certos questionamentos, deixando coisas que ficarão no ar, sem uma grande compreensão. Eu, que joguei lá em 2016, não me recordava de um monte de fatos, e esta sequência não se preocupa muito em refrescar a memória dos esquecidos (meu caso). Contudo, parece também que é uma experiência relativamente proposital (e muito boa) para se discutir na internet, como ocorre neste post (com spoilers) no Reddit.

Indo adiante, uma novidade muito boa em relação ao primeiro jogo – e que tanto critiquei lá em 2016 – é que desta vez, a sequência chega ao nosso mercado com uma completa localização em português, por meio de legendas e menus todos traduzidos! Considerando a quantidade de árvores de diálogos, esse é um ponto muito positivo para Oxenfree II: Lost Signals.

Mas não pense que esse é um jogo somente em texto. Para dar vida aos personagens, assim como ocorre no jogo original, todos os diálogos presentes na aventura possuem voz em áudio, neste caso em inglês, mas que isso não seja nenhum demérito, a legenda em nosso suficiente, juntamente com uma voz, serve muito bem para a imersão do jogo, fazendo você se importar com personagens e ficar atento a trama.

Para quem não conhece a franquia, Oxenfree II é um jogo de aventura narrativa, destes em que o jogador vai andar por alguns cenários, interagir com itens, resolver pequenos puzzles, e se deixar levar por uma história tensa e com toques de terror. É um destes jogos para acompanhar uma história. Não há ação ou combate. Os diálogos são realizados em uma árvore de escolhas do jogador, sempre podendo optar respostas que se dividem entre ser mais educado, neutro ou ríspido. A forma como você responde vai influenciar certas ramificações e desfechos finais.

Oxenfree II: Lost Signals foi lançado no último dia 12 de julho, tendo sido disponibilizado para os consoles PlayStation 4 e 5, além do Nintendo Switch, PC e dispositivos móveis, Android & iOS. E vale observar, curiosamente, que os consoles da família Xbox não receberam o título nesta janela inicial de lançamento, e não há notícias (neste momento) quando e se algum dia estará disponível na plataforma.

Ilha dos Mistérios

Os eventos de Oxenfree II ocorrem na região litorânea de Camena Coast, próximo a Ilha Edwards, local onde ocorre toda a trama do primeiro jogo, envolvendo um grupo de adolescentes que vão até a ilha e se metem dentro de um estranho fenômeno sobrenatural envolvendo tempo-espaço, diante de uma velha lenda de um grupo de marinheiros que afundaram (e morreram) num submarino próximo a ilha. A sequência ocorre 5 anos em relação ao primeiro jogo.

Aqui conhecemos Riley, uma jovem (mais adulta do que os adolescentes do primeiro jogo) voltando para sua cidade natal, após muitos anos distante do lugar. Os motivos que levam Riley a volta para o local são revelados ao longo da aventura, mas no momento inicial da trama, o jogador apenas sabe que ela aceitou o trabalho de instalar alguns transmissores de rádio para que ocorra um estudo sobre as estranhas ondas de rádio que estão ocorrendo no litoral da costa de Camena. Lá ela conhece Jacob, seu parceiro de trabalho.

Depois de instalar o primeiro transmissor, uma frequência estranha rasga o céu, vindo da ilha Edwards, e tanto Riley quanto Jacob passam a sofrer loopings temporais, retornando ao ponto em que a madrugada teve início, assim como visões que inicialmente não ficam claro se são de outras pessoas, do passado, quem sabe até mesmo do futuro ou outras realidades. O tempo se quebrou, e agora há o risco de ambos ficarem presos nesse desastre temporal.

Logo Riley vê estranhos fantasmas, tudo num clima genuíno de terror, enquanto fica claro para ela que esse fenômeno não está sendo causando apenas do transmissor apontando para a ilha Edwards, mas que há pessoas envolvidas nisso. Mas quem? Ao conseguir se reunir com Jacob novamente, ambos decidem ampliar o sinal do transmissor, colocando mais três deles em alguns pontos da costa, afim de causar o colapso desse rasgo temporal, na tentativa de interrompê-lo, já que tudo indica que deixar as coisas como estão trarão consequências ainda piores.

Com isso o jogador parte em uma jornada ao lado de Jacop, madrugada adentro de Camena, afim de colocar os transmissores nos locais mais altos da costa, acima de 3 mil pés, enquanto vão descobrindo mais sobre o fenômeno, as pessoas envolvidas e também sobre o próprio passado, tanto de Riley, de Jacob, além dos demais contatos que a dupla fará ao longo da madrugada. Numa trama que envolverá a vida ou morte destes personagens.

Escalada, walkie & balões de diálogos

Em termos de jogabilidade, Oxenfree II se mantém bem fiel a fórmula do primeiro jogo, o que gera pontos positivos, mas também dá o que pensar no sentido de que se torna muito mais difícil se surpreender e impressionar tendo conhecido esse universo. Bem diferente da sensação que o primeiro entregava logo de cara. E de fato, como joguei ambos, a sensação é de que o primeiro título me impressionou e marcou muito mais do que sua sequência.

E não é que a jogabilidade não traga algumas novidades, pois há sim algumas mecânicas novas. Acredito que os dois pontos que mais se destacam é o sistema mais agradável para escalar e subir pelos ambientes, assim como a importância do walkie talkie de Riley, que vai sintonizar até nove canais de rádio e assim permitir que ela converse e crie laços com alguns NPCs, que ao longo da história irão se relacionar com o jogador apenas por meio destas conversas à distância.

O walkie em certa perspectiva supera até mesmo a mecânica de ficar procurando estações de rádio em outro aparelho que o jogador recebe logo no começo da aventura e que se fazia tão presente no primeiro jogo. Ainda dá para ficar procurando canais de rádio e tentando sintonizar estações, mas devo admitir que desta vez este elemento não me pegou e impactou tanto quanto impactava na primeira aventura.

Passei muito mais tempo tentando descobrir como destravar todos os canais de comunicação do walkie, para eventualmente descobrir que alguns destravavam justamente mexendo no rádio. Então já deixo essa dica: não ignore um em detrimento do outro. E não se surpreenda se terminar a história sem ter conseguido interagir e descobrir de quem são todos os canais presente no walkie. Parece que esse é um dos elementos que meio que invoca um valor de replay, já que não acho que todos vão pegar todos os caminhos opcionais logo num primeiro gameplay.

Grande parte destas interações no walkie são totalmente opcionais e não impactam diretamente o desfecho da história, entregando apenas mais contexto e emoção aos contos que envolvem a ameaça causada pelo fenômeno da ilha Edwards. Paralelamente ao final, o jogador vai decidir o destino de alguns destes NPCs do walkie, decidindo ajudá-los ou não, e criando finais para cada um deles, caso siga interagindo com todos em cada um dos momentos possíveis da trama, além de correr atrás de pequenas tarefas em alguns casos.

Quanto a mecânica da escalada, não é que haja uma grande sacada de gameplay, mas dá mais flexibilidade ao jogador para subir nos ambientes, precisando observar mais onde pular, onde descer com equipamento de escalada (fixando cordas) e como partir do ponto A para chegar ao ponto B.  Em comparação ao primeiro jogo, isso dá um senso de maiores áreas e escala no geral, ainda que toda a exploração mantenha-se bem linear, tal como é no primeiro título.

E olha que a aventura tenta enganar um pouco o jogador, dizendo que ele pode ir para qualquer lugar de Camina para instalar os transmissores, mas a bem verdade é que não é bem assim. No lado esquerdo do mapa é possível o jogador explorar só até determinado ponto, depois disso será necessário desengatilhar um evento que só ocorre no outro extremo da ilha, após instalar os outros dois transmissores. Talvez a ordem destes dois possam ser feitas a escolha do jogador, mas não me pareceu que a ordem mudasse alguma coisa em relação ao evento principal em si. E sim, os pontos de instalação são exatos, não dá pra decidir onde instalar.

Mas falando de flexibilidade de jogabilidade, isso ocorre não pela exploração ou pelos eventos paralelos e opcionais que o jogador pode ou não encontrar pela aventura, mas vem por meio do sistema de diálogos, que também se faziam presentes no jogo anterior. Basicamente Riley tem quatro possíveis cenários numa conversação, que vai de três falas, uma mais ríspida, outra bem educada e a terceira mais neutra ou então ela pode optar por ficar em silêncio e não dizer nada. Esta última, alias, pode acontecer sem que o jogador queira, já que os possíveis diálogos surgem em balões de fala próxima a Riley e desaparecem em questão de segundos. É preciso ficar atento e decidir rápido, pois os NPCs nem sempre vão esperar você se decidir o que dizer.

Tal como ocorre no primeiro Oxenfree, aqui você também conversa de uma forma bem fluida e até mesmo muito real, o que na época do primeiro vi como um problema, mas aqui já entendo que é uma forma de buscar um senso de realismo para uma conversa entre duas pessoas. Isso acontece porque muitas vezes o NPC ainda está falando algo e o jogador precisa decidir o que Riley deve falar, e no momento em que se escolhe, Riley sai a falar e interrompe a fala de outra pessoa, como normalmente ocorre quando duas pessoas reais estão conversando (uma atravessa a fala da outra). O diálogo daquele NPC só seria concluído se o jogador escolhesse não dizer nada, o que muitas vezes é uma opção para justamente ouvir o que ele tem a dizer até o fim.

Não só de diálogos esse sistema de interação impacta a jogabilidade, pois em alguns momentos o jogador deve decidir coisas que vão afetar o ruma da trama, como quebrar ou não um objeto, confiar ou não em uma pessoa, mentir sobre algo ou dizer a verdade, e mais perto do final, será necessário escolher o destino entre três personagens que se encontram num aperto que somente um deve ser o escolhido a sanar a situação em que se meteram. Quem você escolher impactará diretamente no final da trama.

Porém esse fluxo da sensação de que o jogador está conduzindo a história ocorre a todo mundo ao longo da aventura, quando você escolher ser gentil com Jacob ou simplesmente tratá-lo mais, quando personagens se metem em apuros e você tenta salvá-los de todo jeito, se importando com os mesmo, sem se preocupar com os motivos pelo qual cata é motivo dentro do estranho fenômeno. A forma como você conversa em alguns momentos fora do tempo da linha cronológica também parece impactar a forma como você vai se sensibilizar com o final da trama em si.

Outra mudança nesta sequência é que desta vez os personagens e temas abordados na obra estão mais adultos do que o do jogo anterior, protagonizado por um grupo de adolescentes. Aqui temos dois adultos, ambos decepcionais com os rumos de suas vidas, precisando reencontrar um motivo para seguir adiante, cada qual com suas angústias e indecisões. Riley e Jacob são personagens complexos, ainda que devo admitir ter sentido muito mais empatia pelos problemas e dramas dos personagens jovens do jogo anterior. Talvez por eram mais óbvios e universais, enquanto nesta sequência Riley demora a contar sobre sua vida, e quando o faz, é uma bagunça narrativa, enquanto Jacob é um daqueles personagens que você tem vontade de dar um tapa e um chacoalhão para ver se acorda pra vida, sabe? Não me conectei inteiramente aos seus dramas.

A sensação que tive nesta segunda aventura é que as motivações dos antagonistas são mais legítimas e fazem o jogador pensar até onde você iria pelos mesmos desejos, a qual não revelarei aqui. Acaba resultando naquele sentimento de que tudo tem dois lados e quem você acha que é bom, talvez não seja, e quem é mal, estava passando por um momento realmente sombrio que precisava de um melhor apoio que justamente não veio de ninguém do mundo adulto.

Fico com a impressão de que o universo de Oxenfree, tanto do primeiro jogo, quanto desta sequência, ficariam incríveis se fossem adaptados numa série live-action para serviços a própria Netflix, que já é dona do próprio estúdio que desenvolveu ambos os jogos. Parece ser uma franquia que pode se comunicar entre estes dois mundos, dos jogos e do cinema.

No mais, voltando a pensar no jogo em si, não há muito outras mecânicas que valem grande explanação. Há alguns itens escondidos pelo cenário, tem as missões opcionais que nem sempre você encontrará num primeiro desfecho da aventura, mas fora isso, é andar, escolher o que dizer, e ir acompanhando a trama.

Em pontuais momentos da aventura, haverão puzzles para serem solucionados, e estes sim acho que poderiam existir em maiores contextos, a qual Riley pode interagir com rachaduras no tempo e viajar entre o passado e presente, afim de abrir caminhos que estão bloqueados no presente. Mas há apenas dois grandes pontos onde isso acontece, e são tão interessantes, que deixa o jogador desejando que houvessem mais. Ou até mesmo que mais personagens pudessem surgir destes momentos. Tirando as conversas no rádio, Camena é um lugar muito vazio, mesmo para um momento de madrugada adentro, especialmente para um fenômeno que está rasgando os céus, a qual qualquer um pode observar aos olhos nus.

Considerações Finais

Oxenfree II: Lost Signals mantém a essência da fórmula que deu origem a esse universo de estranhos sinais de rádio, protagonistas com temas sensíveis e maduros em discussão, em clima de um terror indie com senso de urgência para ser resolvido, em meio a árvores de diálogos e diferentes finais a depender da forma como o jogador tomar certas decisões e escolhe certas falas. Considerando que o primeiro é considerado um dos melhores jogos indies de 2016, optar por mantém estes parâmetros soa como uma decisão inteligente.

Mesmo que a sequência não traga muitas novidades, nem mesmo um salto gráfico chega a ser sentido, mantendo o mesmo estilo visual 2D com personagens que se expressam através das conversas, sem foco em expressões faciais, ainda que exista muita expressão corporal por parte dos que aparecem no jogo, mas o foco é realmente no peso e realismo de uma dublagem (em inglês) de altíssima qualidade. Quanto a cenografia, tenho que dizer que achei a região da costa de Camina muito parecida com a ambientação da ilha Edwards do jogo anterior. Não existe um impacto muito grande nessa sensação de estar numa nova localidade.

Nas novidades, fica estas adições interessantes de gameplay, permitindo que o jogador escale e salte por certos locais, assim como os canais de comunicação de um walkie talkie, que até mesmo ofusca, em certo momento, a interação com as estações de rádio que se faziam tão presente no jogo anterior. E se mantém o que funcionou na aventura anterior, a opção do jogador escolher entre três tipos de fala, ou então ficar em silêncio, sendo que sua decisão nas conversas impactam como personagens vão se sentir em relação a você, enquanto isso abre caminhos alternativos pela história, que pode vir a ter entre três finais distintos. Os temas em discussão pelos personagens, agora mais adultos, também são interessantes e reflexivos, algo que também já acontecia no jogo anterior, porém protagonizado por um grupo de adolescentes.

A trama também não obriga, necessariamente, que seja preciso ter jogado a aventura original, já que a história gira em uma nova localidade e com uma nova protagonista, entretanto tudo está conectado, o fenômeno paranormal vem da ilha do jogo anterior, assim como personagens da história anterior vão impactar diretamente os momentos finais desta nova história. E a sequência não perde muito tempo dando todos os contextos ocorridos no primeiro jogo.

Não ter jogado a obra original não impacta como você verá Riley, Jacob ou as decisões que terá que tomar por ambos, contudo talvez não entenda direito o papel de certos personagens, vindo diretamente do primeiro Oxenfree quando estes surgirem em certo ponto da história. Pessoalmente recomendo olhar o primeiro antes de vir para a sequência. Será uma experiência mais agradável dessa maneira.

Ao fim, acredito que Oxenfree II: Lost Signals não cause o mesmo impacto que o primeiro jogo causou em 2016, mas isso só porque toda essa mecânica de diálogos, progressão de aventura e formato de narrativa era muito mais inovador em 2016 do que é agora, em 2023. Havia o elemento surpresa e inesperado no universo da trama ali apresentada, que não se faz mais presente na sequência. Além disso esse gênero (de contação de história) cresceu e vários outros títulos vieram com diferentes propostas e temas desde então. Ao optar apenas pelo que deu certo no passado, a Night School Studio apenas conseguiu manter o alto padrão, sem a ambição de reinventar nada. Amadureceu conceitos, e só.

Posso concluir que aos fãs da obra original, poder revisitar esse universo será de grande agrado. Trazer alguns desfechos deixados em aberto pelo jogo anterior também é uma forma de chamar os fãs de volta, enquanto coloca uma nova protagonista em perspectiva para quem quiser começar desta sequência. Funciona de ambos os jeitos, em maior ou menos escopo. Fora que para quem não está habituado com jogos narrativos, Oxenfree II continua sendo uma excelente porta de entrada a este gênero. Pode, ao fim, não figurar como um dos indies mais emocionantes que joguei este ano, mas certamente foi encantador voltar a esse universo e sobreviver a mais uma madrugada de eventos sobrenaturais.

Galeria

1 / 73

Decisões Finais (Spoilers)

2 / 7

Dando nota

Sequência que não arrisca e mantém a fórmula de sucesso do jogo anterior - 8
Walkie talkie adiciona um elemento novo, mas ofusca um pouco a mecânica das estações de rádio - 8.5
Desta vez a aventura chega perfeitamente localizada em português - 9
Jogabilidade pela árvore de diálogos é um dos grandes trunfos da fórmula - 8.8
Nova história não tem o impacto da trama original, mesmo sendo mais adulta - 7
Poucos puzzles com fendas temporais, parece uma oportunidade de jogabilidade perdida - 7.5
Visualmente mantém o charme 2D do jogo anterior, mas a imersão vem da excelente expressão corporal e das vozes (em inglês) - 8.2

8.1

Ótimo

Oxenfree II: Lost Signals é uma sequência que aposta na fórmula de sucesso de seu jogo anterior, apresentando pontuais novidades, como uma melhor mobilidade vertical pelo cenário, assim como a interação com NPCs por um walkie talkie, criando assim novas histórias paralelas. Desta vez a trama é mais adulta, e os mistérios são em uma nova localidade madrugada adentro, tudo com uma excelente localização (via texto) em português. O gênero da aventura permanecesse sendo narrativo, com o jogador andando por ambientes, resolvendo pequenos puzzles, enquanto acompanha uma árvore de diálogos que podem te levar a um dos três finais possíveis. A sequência não tem impacto do primeiro, mas mantém o padrão de qualidade e diversão de quem gostou da aventura original. Também serve como ponto de partida para este universo de mistérios e fendas temporais.

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