Análise | Mortal Kombat 1

Disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S & PC

Mortal Kombat 1 é uma sagaz sequência que, enquanto reboota a história da franquia, também dá sequência aos eventos do final do jogo anterior (Mortal Kombat 11), quando Liu Kang obtém poderes cósmicos para resetar toda e qualquer linha do tempo já feita, e assim o faz. Enquanto jogadores serão apresentados a novas mecânicas de combate aéreos e um sistema de parceria (team-up) que mexerá com as dinâmicas das sangrentas batalhas, mantendo os atuais padrões estabelecidos pela atual fórmula da franquia.

Seu desenvolvimento se mantém sob a direção criativa de Ed Boon, que comando a franquia desde 1992, quando o primeiro Mortal Kombat foi lançado pela Midway Games. Enquanto que atualmente a franquia pertence a Warner Bros. Games, que é dona da NetherRealm Studios, que desenvolve os jogos da série desde Mortal Kombat (2011), quando a franquia se ajustou a sua atual fórmula (com aqueles golpes em visão de radiografia, mostrando os ossos dos personagens sendo fraturados).

Mortal Kombat 1 foi lançado no último dia 19 de setembro, chegando com exclusividade a atual geração de consoles: PlayStation 5 e Xbox Series X|S, e também ao PC. Importante apontar que apesar do título não ter saído no PS4 e Xbox One, uma versão foi lançada para o Nintendo Switch. Só que esta edição tem sido duramente criticada pela imprensa internacional, por possuir gráficos muito inferiores a versão das demais plataformas. Esclareço que não tive acesso a edição para Switch e, portanto, não posso dizer muito a respeito. A versão utilizada para esta análise foi a de PlayStation 5.

Também é legal informar que Mortal Kombat 1 está totalmente localizado em português, com menus e diálogos devidamente legendados, assim como o jogo também se encontra dublado em seu modo campanha. Ressalto a campanha, porque nos demais modos, como Invasões, o jogo está apenas legendado nos poucos momentos em que os personagens precisam dizer ou explicar alguma coisa em áudio.

Universo resetado

Há alguns pontos interessantes para se comentar sobre a campanha, modo história, de Mortal Kombat 1, que pode ser relacionado diretamente ao título em que a mais nova sequência da franquia recebeu. A numeração 1 implica que trata-se de um reboot da franquia, um novo recomeço, só que assim como menciono no parágrafo inicial que abre esta análise, ao mesmo tempo este reset faz conexão direta com os eventos que concluem Mortal Kombat 11 em sua expansão Aftermath.

Sem detalhar demais, o vilão do jogo anterior era uma Deusa Guardiã da linha do tempo, possuindo as habilidades de controlar o tempo e o espaço. Claro que ela tentou algo realmente maléfico e no fim se deu mal, porém alguém precisou assumir seu papel na lógica dos eventos cósmicos e acabou sobrando para Liu Kang, assumir tal posto de Guardião do Tempo. E assim ele resolveu reescrever toda a história como então era conhecida, o que dá ponto inicial de Mortal Kombat 1.

Ou seja, ao mesmo tempo em que este jogo serve como um novo ponto de partida para a franquia, ele também não deixa de lado os eventos dos jogos anteriores, o que talvez faça alguns jogadores se sentirem um pouco perdidos em alguns micro eventos que se relacionam ao passado de certos personagens, como com o próprio Liu Kang e a Kitana, no caso de não terem jogado o título anterior.

Falando da trama de Mortal Kombat 1, toda a história foi reescrita e todos os vilões agora estão fadados a destinos pequenos, invisíveis à teia de maldade cósmica, fazendo com que todos os reinos consigam a tão almejada paz, inclusive na Exoterra. Liu Kang conheceu as tramas do passado, sabia de seus os vilões, de seus planos, e então interveio para que nenhum destes eventos pudesse ocorrer. Mas uma misteriosa figura surge e coloca Shang Tsung de volta ao seu destino de querer dominar tudo e se tornar o vilão que todos conhecemos. E daqui em diante não direi nada mais para evitar grandes spoilers.

Uma das perspectivas mais interessantes do ponto narrativo deste novo título é que a partir daqui, Mortal Kombat passa a ter um Multiverso próprio, e certamente isso será ainda mais explorada em futuros jogos. Temos uma nova linha do tempo que pode convergir em diferentes linhas, diferentes versões de conhecidos personagens e a partir de então o céu é o limite, algo que começa a ser explorado aqui mesmo, quando a campanha se encerra e o jogador passa a explorar um modo chamado Invasões.

O modo Invasões basicamente apresenta o conceito de explorar histórias de dimensões alternativas e outras linhas do tempo, num esquema de temporadas, com eventos de tempo limitados, que serão renovadas em ciclo de poucos meses, apresentando novas histórias, novas dimensões, novas linhas do tempo, com diferentes versões dos mesmos personagens, o que dá uma liberdade para incontáveis skins cosméticas adquiridas enquanto suas respectivas temporadas durarem.

Este também é um ponto de partida para que Mortal Kombat 1 trabalhe com esse conceito de conteúdo cosmético baseado por temporadas e que também podem ser adquiridos num esquema de micro transações, com moedas virtuais que podem ser adquiridas tanto com uma versão adquirida com dinheiro de verdade, quando com moedas obtidas através de todos os modos do jogo. Inclusive há um sistema de missões diárias, semanais e de temporadas para que o jogador entre com frequência e realize estas pequenas tarefas para coletar moedas e assim adquirir tal conteúdo cosmético.

Parceiro de luta

Deixando de lado o conceito narrativo e de ambientação, Mortal Kombat 1 traz novidades em suas mecânicas de gameplay que impactam diretamente sua jogabilidade, tornando essa sequência com aspectos únicos em relação aos títulos anteriores. Em especial a mecânica de parceria (kameo) que quase funciona como um team-up, com a diferença de que se controla diretamente apenas um único personagem, enquanto a escolha secundária realiza limitados movimentos, acionados oportunamente pelo jogador.

É um sistema bem interessante, que expande um conceito já existente em outros jogos desse gênero. Normalmente um jogo de luta que utiliza esse conceito de personagem parceiro, que pode ser convocado em tempo real durante uma luta, acaba utilizando-o para realizar um golpe único e pronto, ou então em jogos em que o jogador usa ambos os personagens, e pode trocar em tempo real a batalha, seja com vida compartilhada ou cada qual com sua própria barra de saúde. Mortal Kombat 1 não utiliza esse esquema de troca, mas também não se limita a um sistema de convocação de um único golpe, optando por expandir ainda mais esse conceito.

Aqui o personagem Kameo, tem muito mais utilidade, possuindo três tipos de invocação para golpes, participando de agarrões, vinculando golpes e combos para o lutador principal, além de possibilitar a quebra de combos de adversários, e até mesmo ao final, podendo ser convocado para que faça seu próprio Fatality no lugar do personagem controlado pelo jogador.

Parece pouco, mas isso expande em muito as possibilidades de luta do jogador, dando lhe muito mais opção e dinâmica nos combates, criando novas ideias para combos, quebras de defesa e chances de criar aberturas para acertar seu oponentes, no mesmo nível que também cria riscos ao jogador, já que seu adversário também compartilha da mesma gama de opções.

Além disso, cada parceiro trabalha de forma diferente, uns agem melhor como suporte, imobilizando o oponente, enquanto outros oferecem melhor suporte aéreo, ou então melhores ataques de curta, média ou longa distância. Há muitas combinações possíveis de acordo com o estilo de luta de cada jogador.

Também é interessante apontar que enquanto há 23 lutadores jogáveis nessa janela de lançamento, nem todos eles são parceiros (kameo fighters) neste novo sistema, ainda que alguns se coloquem nesse formato durante a campanha. Liu Kang, por exemplo, não é um kameo fighter, contudo durante alguns momentos da campanha, ele desempenha esse papel diante das circunstâncias narrativas. No modo campanha o jogador não pode decidir com quem jogar ou quem será seu parceiro de batalha.

A escolha dos Kameo Fighters, contudo, irá acontecer em todos os demais modos do jogo, Invasões, Torres e as batalhas Multiplayer. E aí o jogador terá 15 opções de escolha, entre personagens que também são lutadores, mas em grande parte são personagens não jogáveis, mas ilustres ao universo da franquia.

Vamos então a lista, para ficar mais compreensível a explicação acima. Os 23 lutadores jogáveis de Mortal Kombat 1 são: Ashrah, Baraka, General Shao, Geras, Havik, Johnny Cage, Kenshi, Kitana, Kung Lao, Li Mei, Liu Kang, Mileena, Nitara, Raiden, Rain, Reiko, Reptile, Scorpion, Sindel, Shang Tsung (bônus de pré-venda), Smoke, Sub-Zero e Tanya.

Já os 15 Kameo Fighters são: Cyrax, Darrius, Frost, Goro, Jax Briggs, Kano, Kung Lao, Motaro, Sareena, Scorpion, Sektor, Shujinko, Sonya Blade, Stryker e Sub-Zero. Percebeu alguns nomes que estão em ambas as listas, certo? É isso mesmo. Kung Lao, Scorpion e Sub-Zero funcionam tanto como lutadores jogáveis, quanto parceiros secundários.

Claro que esse elenco deve aumentar nos próximos meses, em ambos os grupos, de lutadores jogáveis, quanto de parceiros. Alias o primeiro pacote de personagens via DLC pago já foi anunciado. O curioso nesse pacote é ver, por exemplo, Johnny Cage como um Kameo Fighter (algo que também ocorre na campanha), e Quan Chi e Ermac como lutadores jogáveis, sendo que o jogador os enfrentam diversas vezes também durante a campanha. Sei lá, são personagens que não me parece certo colocar como conteúdo adicional pago, mas é o que foi feito. Felizmente esse primeiro DLC terá mais personagens, que aí sim, considero justo: Homelander, Omni-Man, Peacemaker e Takeda como novos lutadores, além de Ferra, Khameleon, Mavado e Tremor como parceiros.

De volta ao gameplay, outros aspecto bem interesse na jogabilidade de Mortal Kombat 1, está na forma como o combate tem muito mais flexibilidade nos golpes aéreos, que possibilitam a criação de diversos combos consecutivos no ar que seguram o oponente fora do chão por muito mais tempo do que qualquer outro jogo da franquia. E isso também cria uma nova dinâmica de batalha que até então não era possível nos jogos anteriores.

E tudo isso sem que seja necessário eliminar aquele aspecto de peso e potencia nos golpes que são característicos da franquia. Ainda há impacto nos golpes, independente do sistema agora conseguir conectar melhor os golpes, fazendo que o personagem que tomou dano siga apanhando, estando no ar ou não, sendo que é aí entra o sistema de parceira para que esse longos combos possam ser interrompidos.

Em um aspecto geral tive a impressão de que este é um dos mais acessíveis jogos da franquia, sendo fácil de aprender o básico, e isso ser o suficiente para jogadores novatos se divirtam nos modos gerais do título, enquanto jogadores profissionais e veteranos vão se especializar em criar combos enormes que garantem qualquer vitória no momento em que o adversário vacilar. E se você sentir que está tudo mais fácil do que o normal, há diversos níveis de dificuldade para aumentar ainda mais o desafio.

De resto a fórmula se mantém com diversas identidades que foram inseridas desde Mortal Kombat (2011), e que foram refinadas em suas sequências. Os golpes especiais que paralisam a luta momentaneamente para mostrar ossos se quebrando em um efeito em raio-X permanecem inseridos aqui, por meio dos Fatal Blows, que podem ser realizados quando um dos lutadores está muito perto de perder a luta. Fatalities e Brutalities também estão de volta, tanto em versões de configuração fácil de botões, como versões com sequências de botões mais complexas. Personagens possuem diversas destas finalizações mortais, sempre com a sanguinolência característica da franquia.

Lute mortalmente em todos os modos

Falando em termos de conteúdo, Mortal Kombat 1 oferece opções tanto para uma experiência single player quanto multiplayer, local e online. Vale apontar que o título ainda não oferece cross-play, o que significa que não é possível lutar com jogadores de diferentes plataformas na modalidade online. Contudo o estúdio de desenvolvimento já confirmou que essa é uma função que está sendo trabalhada e que virá futuramente para o título nas plataformas do PlayStation e Xbox.

A respeito de progressão entre plataformas, cross-progression, esta função sim está habilitada desde o lançamento, e os jogadores podem carregar sua progressão dentro do jogo entre diferentes plataformas, sendo apenas necessário que o login na conta Warner seja igual nos locais em que o jogador realizar sua sessão de jogo.

No que diz respeito ao multiplayer, Mortal Kombat 1 oferece o que se espera de tal modalidade. Jogadores podem se enfrentar localmente, no tradicional mano a mano de sofá, assim como também podem desafiar amigos e outros jogadores desconhecidos, via matchmaking, por meio de conexões online. As partidas podem ser casuais ou rankeadas, por meio de uma sistema de pontos e méritos que vão classificando jogadores conforme suas vitórias e derrotas.

Sinceramente as batalhas online, principalmente nas rankeadas, tendem a ser desafiadoras e um tanto frustrante para jogadores casuais ou que não estiverem acostumados com moveset e golpes de certos personagens. Não é uma particularidade deste título, e sim dos jogos de luta em geral. É para quem gosta do desafio e se garante em combates que em que seu adversário normalmente não vai ter dó ou esperar você aprender na raça como jogar com certo personagem. É matar ou morrer, sem piedade.

Entretanto se você não é um destes aficionados por competições profissionais de jogos de luta, certamente a experiência single player vai lhe entreter de forma bem satisfatória. A começar pelo modo campanha, que entrega uma divertida história no universo de Mortal Kombat, que serve se encaixa perfeitamente para uma nova audiência, com um bom desenvolvimento cinematográfico. Claro que se comparado com as campanhas dos jogos anteriores, a direção aqui é um pouco mais simples, sem caminhos alternativos ou lutas secundárias sob a perspectiva de outros personagens presentes aos principais. É um modo que se joga somente uma única vez.

Concluído a campanha, o jogador terá mais 3 modalidades que vão segurar a longa cauda de replay do título. Invasões, Torres e um extenso modo Tutorial (Aprender) que vai do básico ao avançado. Começando por Torres, é uma modalidade famosa da franquia e que já existia nos jogos anteriores. Aqui se comporta como um modo Arcade com diversos níveis de dificuldade, além de oferecer um modo Infinito e um Sobrevivência. O interessante aqui é mencionar que o modo Torres concede aos jogadores os finais individuais de cada um dos lutadores do jogo, incluindo pontas soltas deixadas pela campanha principal, concluindo a história de muitos destes.

Invasões é a novidade da edição, e que substitui alguns modos antigos da franquia, como o clássico Kripta (que era bem legal, por sinal). Em Invasões o jogador anda por um tabuleiro ambientado no mundo da franquia, com base no conceito de multiverso já mencionado parágrafos acima, enquanto vai realizando diversos confrontos, encontrando itens, subindo de nível seu personagem, encontrando batalhas com modificadores, atividades secundárias etc. É um extenso modo, com diversas atividades secundárias e coisas para equipar, customizar e aprender. Tudo baseado por eventos de temporada, ou seja, estará em constante mudança dos meses e anos iniciais deste lançamento.

Em Invasões os jogadores irão adquirir novas skins, assim como também irão evoluir os personagens principais, num sistema de nível que garante ao jogador desbloquear novas cores para o personagem em uso, além de novas roupas, provocações de batalha e até mesmo Fatalities. Idem ao parceiro selecionado, que possui um sistema de progressão independente. É um ótimo modo para se sentar e perder alguns minutinhos diários, progredindo pouco a pouco. Sendo que você pode trocar seu lutador e parceiro o quanto quiser, nos intervalos entre as lutas. E as lutas aqui tendem a ser rápidas, um único round para vencer.

Por fim, o Aprender é o tutorial, e é exatamente o que o nome diz. Vai da lista básica ao avançado de comandos e combos. Ensinando tudo que o jogador precisa aprender, desde interromper defesas e como utilizar seu parceiro para se dar bem na luta. Além disso, cada um dos lutadores tem um Aprender próprio, inclusive um modo para aprender Fatalities e Brutalities. Modalidade perfeita para quem deseja se aprimorar e se especializar nos combates mais elevados.

Considerações finais

Mortal Kombat 1 é uma destas sequências necessárias quando se entra em uma nova geração de consoles, isso é inegável. Um título que consegue reiniciar o universo da franquia, mas sem esquecer toda a história até aqui apresentada, sendo que essa é uma das melhores saídas para quando se deseja recomeçar. Não apaga o passado, mas encontra uma nova forma de abrir um novo ciclo. É uma forma bem inteligente de se realizar tal feito, em minha opinião.

Dito isso, também é uma sequência que joga seguro algumas cartas, especialmente quando abre as comportas para um multiverso da franquia, que permitirá tudo daqui em diante. Quanto a jogabilidade, mantém a identidade encontrada em suas últimas edições, e se arrisca um pouco com um sistema inédito de parcerias e grande melhorias nos combos e golpes aéreos, algo que nunca teve tanto destaque assim em jogos anteriores. É um jogo fácil de jogar casualmente, ainda que seja difícil sua maestria.

Visualmente mantém a violência extrema característica da franquia, com um grande toque de realismo gráfico, permitido pela evolução gráfica dos consoles, mas já não é de hoje que me questiono se o Fatal Blows não estão se tornando maiores e mais viscerais do que os próprios Fatalities, que parecem apenas se satisfazer com desmembramentos, enquanto os golpes especiais de radiografia tendem a ser muito mais criativos e brutais. Tudo bem ambos existirem, mas acho que está na hora do famoso Fatality dar um passo adiante, só não sei como.

E o título não é bonito apenas na violência explicita, mas a cenografia das arenas é muito impressionante. Por sinal, outro elemento que ficou de fora nessa edição são as interações com os cenários. Nada de arremessar inimigos entre arenas, ou pegar objetos ao fundo para utilizar contra adversários. Nesse aspecto achei que o jogo deu um passo para trás. Gostava muito dessa interação em edições anteriores e não vi muito sentido em eliminá-las aqui.

As micro transações estéticas não são algo que me incomoda, e não vejo problema em jogos que se utilizem desse recurso para garantir mais fundos ao caixa do estúdio e até mesmo ao futuro da franquia. Sempre haverá aqueles jogadores que possuem e querem dar mais dinheiro. Só acho que com tanta opção de customização de skins, armas e acessórios, deveria haver uma opção para se fazer estas mudanças de uma forma mais ágil e prática do que sair de qualquer modo de jogo e ir em um menu próprio para isso, afim de mudar o aspecto de tal personagem sempre que for escolhe-lo. Achei um tanto burocrático.

Ao fim, Mortal Kombat 1 oferece um leque bacana de opções, mas aposta seguro naquilo que já fez com muito mais ousadia no passado. Um campanha direto ao ponto, sem valor de replay, enquanto outro modos dão melhor longevidade ao se experimentar de forma repetida, ao mesmo tempo que concede recompensas cosméticas aos jogadores. Um elenco que não surpreende, mas que pode vir a fazê-lo em DLC pagas. Na jogabilidade faz bonito, mas não reinventa a fórmula, apenas adiciona novos temperos aos confrontos. Tem capricho e cuidado aos detalhes, simplifica alguns elementos que talvez não precisasse e opta por não reinventar a roda, mas mantê-la nos trilhos já conhecidos pelos fãs. É uma bela forma de reiniciar um ciclo, sem tropeçar em nada catastrófico.

Galeria

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Dando nota

Reboot inteligente, que reinicia uma nova fase na franquia, mas honra os eventos existentes - 9
Campanha linear, mais modesta do que campanhas de edições anteriores - 8
Invasões é um modo interessante e repleto de boas atividades, mas pode soar um pouco repetitiva depois de um tempo - 8.2
Sistema de skins e personalizações é um tanto burocrático e é o que se baseia o sistema de recompensas em geral - 6.8
Jogabilidade se mantém fiel as mecânicas básicas de suas últimas edições - 7.8
Sistema de parceria expande possibilidades de combos e golpes, e funciona muito bem - 8.8
Combate também adquire mais velocidade nos combos aéreos que seguram lutadores mais tempo no ar - 8.5

8.2

Ótimo

Mortal Kombat 1 se aproveita do ciclo de uma nova geração de consoles para uma edição que reinicia a franquia, perfeita para a entrada de novos jogadores, enquanto respeita todos os eventos dos jogos passados. Uma edição que não ousa demais em sua fórmula, mas cria adições interessantes em suas mecânicas, como o sistema de parceria e melhor flexibilidade nos combos aéreos. Invasões é um modo interessante e duradouro através de um sistema de temporadas, enquanto o conceito de skins como recompensas devem motivar mais aficionados a se manterem jogando o título por muito mais tempo do que o normal. Além disso é uma edição que abre as portas para um futuro bem promissor para a franquia como um todo.

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