Análise | Stellar Blade

Disponível para PlayStation 5

Stellar Blade leva os jogadores a uma aventura de combate com muitas influências do sub-gênero soulslike, num mundo pós-apocalíptico a qual o planeta Terra foi dominado por violentas criaturas que colocaram em risco toda a existência dos seres humanos. Seu objetivo? Reaver a Terra para o que sobrou da humanidade, descobrindo e eliminando a origem dessa horda invasora.

O título foi lançado no último dia 26 de abril, sendo um jogo exclusivo para PlayStation 5, tendo sido desenvolvido pelo coreano Shift Up Corporation, mais especificamente por uma divisão interna dedicada a títulos AAA para PC e consoles, que recebeu o nome de Shift Up Second EVE Studio. É o primeiro grande jogo desta divisão, ainda que o estúdio em si já tenha lançados jogos menores para dispositivos móveis para o mercado coreano.

Stellar Blade, que inicialmente tinha como codinome Project EVE, foi revelado ao mundo em 2019, e originalmente foi anunciado como um título para PlayStation, Xbox e PC, porém esse status muda lá em meados de 2021, quando a Sony Interactive Entertainment entra em cena, e fecha o acordo que tornou o título exclusivo para o PS5, passando assim a também ser a distribuidora global da obra, além de ter prestado suporte ao projeto, através da PlayStation Studios XDev.

Certamente foi essa parceria que permitiu que o projeto voasse mais alto em alguns aspectos, como por exemplo, a ampla localização em diversos idiomas, incluindo nosso português, já que Stellar Blade apresenta uma completa localização em textos de menus e legendas em nossa língua, assim como também recebeu uma excelente dublagem em português para todos os diálogos em áudio que o título possui. Esse é um elogio que sempre faço questão de realizar, dado o cuidado que a divisão do PlayStation tem para com nosso mercado, entregando lançamento atrás de lançamento sempre em nossa língua mãe, e sem medo de incluir a dublagem de qualidade como seu diferencial.

Fórmula estabelecida

Stellar Blade é um jogo de ação e aventura, com uma temática de ficção científica de horror, trazendo criaturas monstruosas e grotescas, dos maiores variados tipos, das insectóides, dos mutantes cheios de gordura que deixam o corpo parecendo a ponto de explodir, assim como daqueles com tentáculos, invasores de corpos, alguns modelos robóticos, e também feras que lembra diversos tipos de animais com alterações em suas estruturas e até mesmo sem rostos. Isso tudo num ambiente que vai misturar regiões desoladas por desastres climáticos e enormes metrópoles destruídas, assim como bases dignas de mundos do sci-fi, com muita tecnologia além da nossa compreensão. É um futurismo pós-apocalíptico bem macabro.

Como mencionado no início, a  jogabilidade de Stellar Blade segue uma linha altamente inspirada em jogos soulslike, mas evita o masoquismo de um Dark Souls, e mira em algo com mais acessibilidade, como um Sekiro: Shadows Die Twice, porém simplificando um pouco mais o combate e o conceito de posturas. Não é um jogo literalmente linear, mas está longe de um mundo aberto como The Elder Ring. Conforme se progride por sua trama, grandes áreas abertas vão sendo liberadas, permitindo o jogador explorar estes ambientes atrás de recursos, missões secundárias entre outras coisas.

A dificuldade é bem balanceada, sendo assim, em batalhas mano a mano com boa parte dos inimigos normais o jogador não deve encontrar muita dificuldade assim que entender as mecânicas de combate, que envolvem bloquear os ataques ou então se esquivar destes mesmos ataques, para aí sim contra atacar com grande efetividade. Claro que tempo de ação (timing) é essencial num jogo assim, então os inimigos sempre farão um finta antes de atacar, dificultando inicialmente acertar a previsibilidade do tempo de seus ataques, para complicar seu bloqueio ou esquiva perfeito. Conhecendo melhor cara tipo de inimigo, isso vai ficando mais fácil.

Claro que haverá também os inimigos de elite, que vão representar uma classe mais forte, com uma variedade de ataques e padrões diferentes, que são mais resistentes, e podem dar um pouco mais de trabalho se reunidos com uma classe de inimigos regulares ao redor, o que irá exigir do jogador a decisão de quem priorizar seus ataques. Além destes, há os chefões do jogo, sendo que os grandes adversários dentro da progressão da campanha tendem a ser um pouco mais tranquilos do que os chefões secundários, que pode não impedir o jogador de avançar na história, podem se dar ao luxo de serem mais apelões.

Ainda pensando em como Stellar Blade simplifica um pouco alguns parâmetros de um soulslike, aqui não existe múltiplas armas, então a protagonista usa a mesma espada do começo ao fim da aventura, mas ela pode ser fortalecida ao longo da progressão da história, após vencer importantes adversários. Seu cantil serve para restaurar sua vida, tal como os frascos de Ester de Dark Souls, e também é possível aumentar a quantidade de uso do cantil, que sempre será recarregado em sua totalidade em um acampamento, que também funciona como as fogueiras de… bem, Dark Souls. Descansar em um acampamento revive boa parte dos inimigos das áreas de exploração.

Diferente de outros jogos, aqui não tem um sistema de level up para a protagonista em si. Não tem pontos de experiência que vão ser aplicados em atributos como ataque, defesa, saúde, sorte, entre outros status. Eliminar inimigos e coletar itens colecionáveis, como documentos, dão ao jogador pontos que enchem uma barra de experiência, que uma vez cheia lhe dá um ponto de skill para ser usado em diversas árvores de habilidade que a protagonista da aventura possui.

Estas habilidades envolvem expandir o leque de possibilidades dentro da mecânica da jogabilidade, como permitir atacar inimigos pelas costas, tornar mais fácil usar o bloqueio ou esquiva, assim como adiciona combos de golpes mais poderosos para serem utilizados uma vez que se realiza estes movimentos com sucesso. Há também duas abas de golpes especiais (8 movimentos no total), que são utilizados uma vez que se preencha a barra de energia que limita o uso destes golpes. E há duas árvores para que estes golpes fiquem ainda mais poderosos, assim como facilitar que a barra se encha com melhor eficiência.

Tudo isso para concluir que Stellar Blade não esconde suas influências no gênero soulslike, contudo, não tenta imitar todas as regras dessa fórmula. Pelo contrário, toma boa liberdade para simplificar e deixar a experiência mais acessível para jogadores que não estão habituados com tal estrutura, ou daqueles que temem o sofrimento que esse subgênero normalmente pode trazer.

Claro que isso não significa que é um jogo fácil, apenas não tem a ambição de ser uma experiência frustrante ou exageradamente masoquista, o que eu sei que as vezes é que os fãs desse gênero esperam destes jogos. Ainda que sim, Stellar Blade pode ser isso também. O jogo vem com três níveis de dificuldade em seu início, e tudo que estou relatando é apenas a experiência normal. Quem o achar difícil demais, pode tentar uma dificuldade menor, ou quem estiver achando muito moleza o modo normal, vai se sentir mais confortável um nível mais difícil. Além disso, procurar pelos chefes opcionais e secundários, realizando as missões secundárias, é o caminho para quem procura desafios maiores.

Um Anjo para a Humanidade

Inicialmente Stellar Blade não lhe contará todos os detalhes de seu universo, mas ao longo da aventura o jogador irá encontrar diversos documentos e relatos que darão um contexto do que aconteceu com o planeta Terra a ponto da humanidade enfrentar o colapso de sua quase extinção.

Uma das primeiras coisas que você aprende é que o planeta foi dominado por estas violentas criaturas chamadas Naytibas, as quais descrevi alguns parágrafos acima. Houve uma guerra e os humanos perderam, cidades foram destruídas e o planeta sofreu com nossas tentativas de deter os Naytibas. Uma colônia humana foi estabelecida no espaço, ao redor da Terra. E um esquadrão aéreo foi formado afim de tentar futuras investidas contra os invasores, e assim reaver o planeta que um dia pertenceu aos humanos.

O jogador assume o controle de EVE, uma soldada do 7º Esquadrão Aéreo, ou seja, é a sétima tentativa da colônia espacial de reaver o planeta. Mas tudo já começa a dar errado ainda na reentrada do planeta, com diversas cápsulas sendo atacadas e despedaçadas. EVE sobrevive a descida, e se reúne com uma companheira chamada Tacky. Sob um forte ataque dos Naytibas, ambas juntam forças para tentar encontrar sobreviventes do esquadrão, mas toda esperança é perdida quando elas encontra um Naytiba Alpha, uma das criaturas invasoras mais poderosas presentes no planeta.

Tacky morre ao salvar EVE do ataque desse poderoso inimigo. Abalada com a morte de sua companheira, EVE entra em choque, e antes que o Naytiba Alpha dê seu golpe fatal, a jovem protagonista é salva por Adam, um ser humano que residente na última cidade da Terra, Xion. Em sua moto, Adam foge com EVE para longe desse ameaçador inimigo. EVE resolve ajudar Adam em sua busca por uma importante célula de energia, enquanto aprende mais sobre o que está acontecendo na Terra, afim de encontrar um meio de vingar sua amiga e retornar a missão de eliminar os Naytibas do planeta inteiro.

Importante apontar que nesse ponto da trama, que são os acontecimentos inimigos, não fica muito claro a origem dos Naytibas, se seriam mutantes originários de algum lugar do planeta ou se são invasores vindo do espaço sideral. Parece que parte da história sobre tudo isso se perdeu, mas ao longo da campanha, outros pontos a respeito destes inimigos vão sendo apresentados.

EVE também não é exatamente um humano normal, mas um supersoldado com habilidades muito além dos humanos que vivem no planeta, que passam a chamá-la de Anjo, já que ela veio dos céus e parece ser a maior chance de salvação da humanidade em anos. Sua origem, assim como a do esquadrão e da colônia espacial, são elementos que também vão sendo esclarecidos ao longo da campanha, incluindo história de um antigo esquadrão aéreo anterior a época de EVE ou Adam. Qual a ligação dos Anjos, Naytibas, dos humanos e da colônia espacial?

O universo de Stellar Blade é interessante e instigante, ainda que nem sempre seja contada de forma exemplar. Diferente de jogos como Dark Souls, a qual o protagonista raramente toma à frente da história, pois é apenas um avatar do jogador, aqui EVE tem uma ascensão dramática, e funciona como a heroína da aventura. Ela vai deixar transparecer suas emoções, terá empatia com os humanos de Xion e se colocará a disposição de ajudá-los. E tudo isso é bem legal, porque dá personalidade ao título, encorpando assim a narrativa preestabelecida.

A única coisa que não ajuda muito esse discurso é a baixa qualidade de expressões da personagem. Numa indústria onde estúdios se preocupam em fazer a captura de movimento do rostos e expressões de atores reais para a inserção digital nos jogos, em Stellar Blade o resultado parece um tanto ultrapassado, com expressões opacas e sem emoção. Parece que houve uma preocupação muito grande em criar uma personagem feminina de corpo extremamente sensual, que mesmo com um belo rosto, não tem a expressividade para demonstrar suas emoções.

E não existe sequer a justificativa de sua personalidade mais fria, como um soldado, pois todos os personagens do mundo do jogo sofrem desse mesmo problema, em maior ou menor impacto. Lily, uma companheira que acompanhará EVE e Adam após certo ponto da trama, parece ser mais expressiva, mas ainda assim não chega na qualidade que muitos jogos atuais já apresentam. O que salva a imersão narrativa, ao menos na versão nacional, é nossa excelente dublagem em português, que consegue coloca vida na voz destes personagens carentes de expressividade facial.

Considerações finais

Stellar Blade é um excelente game, que possui alguns pecados em sua capacidade cinemática, contudo o que importa aqui é a sua jogabilidade, e ainda que não seja inovadora, faz bem tudo que se propõe a fazer. A curva inicial da aventura talvez engane um pouco, afinal leva um certo tempo até todas as mecânicas de combate e exploração se apresentar, mas quando tudo se encaixa, a aventura começa a ter sua personalidade desvendada.

E entendo mesmo que o começo possa soar meio preocupante. Por exemplo, o pulo duplo não é algo que está inserido desde o começo, e leva um tempo até EVE adquirir essa habilidade. Bloqueio e esquiva também são ficam mais interessantes de serem usadas quando se adquirir o refinamento destes movimentos na árvore de habilidades. E, claro, a primeira coisa que o jogador deve adquirir em termos de habilidade, é o movimento de eliminar os inimigos de forma furtiva. Acaba sendo um pouco estranho aspectos assim terem que serem adquiridos, mas felizmente não leva tanto tempo assim.

O importante é entender que o combate evolui de forma muito satisfatório conforme novas áreas são desbloqueadas, especialmente depois que o jogador sai de Xion, a única cidade do jogo, e passa a poder explorar uma grande área aberta cheia de segredos opcionais. Com isso, inimigos vão ser mais desafiadores, enquanto o jogador também terá mais recursos em mãos. E o controle responderá muito bem a tudo isso. Ou quase.

A única coisa que não me agrada no sistema de controle de Stellar Blade é a realização de alguns movimentos que exigem que se fique segurando o botão para a realizar a ação. Não basta apertar, é preciso literalmente mantê-lo pressionado. Dou como exemplo o ataque guiado que ocorre logo depois de uma esquiva perfeita. Essa ação de segurar o botão tem um tempo exato para ser realizado, caso contrário, o contra ataque não sai. E o problema está aí: não saber de imediato se o golpe vai ou não ocorrer, o que o jogador saberia se fosse apenas necessário pressionar o comando ao invés de ficar segurando-o. E há vários movimentos avançados que exige esse conceito de segurar ao invés de apenas pressionar. Como jogador, você se adapta, mas ainda assim acho uma decisão estranha de conceito de controle.

Na questão da direção de arte, não tenho motivos para reclamar. O jogo é lindo graficamente, e soa como um título da atual geração, com ambientes repleto de detalhes, inimigos com muitas camadas de texturas, efeitos de sombra, água e partículas de espadas batendo em elementos sólidos, fogo e explosões. Tem alguns pormenores aqui e ali, como o cabelo da personagem que voa sem qualquer consistência, mas no geral é um jogo realmente bonito. Não tive qualquer problema de queda na taxa de quadros, bugs ou resposta lenta dos controles, porém alguns inimigos distantes tendem a ter uma movimentação numa taxa de quadros menos, dando aquela impressão de movimentos truncados. Não é uma regra, mas ocorre com certa frequência.

A única crítica que posso fazer quanto aos gráficos é aquilo que mencionei alguns parágrafos mais acima, a falta de expressão facial dos personagens, que não conseguem transmitir as emoções de suas falas com uma interpretação mais cinemática. Uma modelagem 3D que parece não ter feito captura de rostos de atores reais. O que salva a narrativa nesse ponto é que a versão nacional conta com uma excelente dublagem que dá emoção as vozes dos personagens e trazem um muito mais de imersão nessa questão de apresentação da história.

Falando em história, também fiquei surpreso ao descobrir que Stellar Blade possui três possíveis finais, a depender de pontuais decisões que o jogador tomar ao longa da campanha, e que inclusive pode envolver a morte de personagens. Uau! Não é como se o jogo lhe pedisse para tomar decisões a todo o momento, e isso não impacta missões ou árvores de diálogos de uma forma constante, mas são decisões que podem ser tomadas de forma precipitada e que ocasionará um final que pode ser chocante.

Dito isso, o jogo também conta com a opção de New Game Plus ao concluir a aventura pela primeira vez. Com essa opção o jogador pode carregar todo o progresso do primeiro save para essa novo início, que conta com novas roupas para EVE, novos itens, armas e acessórios, uma dificuldade elevada e até mesmo a troca da posição dos inimigos pelo mundo do jogo. É um pacote bem interessante de replay, que incentiva e desafia o jogador para revisitar tudo novamente, colhendo tudo que não conseguiu, mantendo o progresso, aumentando a dificuldade e mexendo nos inimigos, afim de garantir algumas surpresas de combate mais elevado.

Até porque Stellar Blade não é um jogo exatamente longo, podendo ser finalizando entre 20-35 horas de gameplay, a depender claro, do comprometimento do jogador com as atividades e missões secundárias, além do tempo que você pode passar em algumas das grandes batalhas. Houve um chefe, por exemplo, que levei cerca de 2 horas de um sábado até realmente conseguir vencê-lo. Enfim, mesmo não sendo longo, como muitos RPGs atuais de centenas de horas (e ciclo de repetição exaustivo), é uma aventura que está longe de ser considerada curta. Diria que tem a duração correta e aceitável para os jogos modernos atuais. Sem exageros ou gorduras enfadonhas.

Houve certa discussão na internet a respeito da sexualização desnecessária da protagonista, já que um dos atrativos do jogo são as várias roupas que podem ser desbloqueadas ao longo da aventura, sendo que algumas são realmente sensuais e deixam a personagem com bastante pele à mostra. O estúdio se defendeu dessas críticas, ao mesmo tempo que também parece ter entendido que existem um argumento compreensível nisso tudo. Particularmente, acho que essa é uma discussão que não é exclusiva apenas deste jogo e se há exageros aqui e ali, isso é parte de toda uma cultura do entretenimento que extrapola até mesmo os videogames.

Além disso, vale lembrar que o jogo recebeu a classificação indicativa no Brasil para maiores 16 anos. E em nenhum momento o jogo me pareceu algo pensado para um público infantil. Então existe também um estigma que parece rondar os videogames vez ou outra, mas que passam batido em outras mídias de entretenimento. Dito tudo isso, não vejo problema a sexualização da protagonista, ainda que não acho que seja esse o aspecto necessário para se criar uma protagonista representativa, forte e marcante. Essa é uma discussão que precisa ser muito mais ampla, pois me parece que está se discutindo sobre um grão de areia de uma imensa praia.

Por fim, acredito que posso encerrar esta análise dizendo que Stellar Blade é um impressionante primeiro trabalho de grande porte da Shift Up para console. Está longe de ser perfeito, mas me parece ter todos os verbos e estruturas que conversam muito bem com os jogos atuais. Diferente do que ocorreu recentemente com A Ascensão do Ronin, que também chegou ao PS5 de forma exclusiva, de um estúdio já com nome no mercado, e que ainda que não seja de todo mal, surgiu com elementos que soaram datados para os dias atuais. São jogos com intenções diferentes, mas que se tivesse que escolher somente um, optaria pela aventura da Anjo contra os Naytibas. Mas é uma opinião pessoal, e você pode discordar.

Stellar Blade é uma proposta objetiva, com um foco na ação e no combate frenético, de agilidade e atenção, ainda que coloca uma trama e elementos de um mundo de fantasia sci-fi que certamente atrai os jogadores curiosos pelo tema. Sua acessibilidade, até mesmo para quem não ama soulslike do tipo hardcore, me parece uma tendência para esse subgênero, já que a frustração é algo muito peculiar de um nicho muito específico do mercado. Além disso, acho importantíssimo dar ao jogador essa possibilidade de regular, deixar mais fácil ou mais difícil do que a jogabilidade padrão estabelecida. É um poder que acho muito justo deixar em mãos do jogador em si. E que a aventura seja servida ao seu agrado, o importante é salvar o que restou da humanidade!

Galeria

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Dando nota

Ótima apresentação, com uma construção de mundo intrigante e envolvente - 9.2
Entrega uma boa direção de arte, com ambientes repletos de detalhes e criaturas grotescas com ótimo tom macabro - 9
Expressões faciais dos personagens humanos não entregam muita emoção, felizmente a ótima dublagem PT-BR compensa um pouco esse aspecto - 7.5
Jogabilidade e mecânicas soulslike, num estilo simplificado, são o ponto alto do jogo - 9
Com ambientes lineares e áreas semi abertas, exploração recompensa o jogador constantemente - 8.9
Progressão principal não frustra, enquanto que chefes opcionais testam a destreza dos mais habilidosos - 8.5
Tem duração na medida correta, nem longo, nem curto demais, possuindo um ótimo conteúdo de replay - 8.5

8.7

Ótimo

Stellar Blade é uma obra que valeu a pena esperar tantos anos, entregando uma excelente jogabilidade estilo soulslike, que mesmo não reinventando o formato, é muito competente em manter a sua fórmula e dar acessibilidade a quem não está habituado ao estilo. Sua narrativa e construção de mundo é interessante e intrigante, casando muito bem com a temática sci-fi, ainda que não seja uma grande história, talvez causado por uma protagonista sem tantas expressões para dar a emoção correta, o que felizmente não compromete o gameplay, que é astro principal da obra!

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