Análise Perfomance | Ghost of Tsushima Versão do Diretor (PC)
Disponível para PlayStation 5 & PC
Ghost of Tsushima Versão do Diretor e toda sua gloriosa jornada pela invasão do Império Mongol ao Japão já está disponível para PC! O game desenvolvido pelo estúdio Sucker Punch e publicado pela Sony Entertainment foi lançado originalmente em julho de 2020 com exclusividade para o PlayStation 4. Um pouco depois, em agosto de 2021, o jogo chegou ao PlayStation 5 em uma nova edição, a atual Versão do Diretor.
E agora, no último dia 14 de maio, quase 3 anos depois, esta mesma versão finalmente chega ao PC. Os jogadores desta plataforma agora podem aproveitar esta aventura protagonizada por Jin Sakai em diferentes configurações gráficas em máquinas mais modestas ou entusiastas.
IMPORTANTE: para uma análise com foco em torno da história e aspectos do jogo em si, sem abordagem sobre aspectos técnicos do PC, não deixem de conferir esta outra análise que o site publicou quando o mesmo chegou ao PS5. Aqui irei abordar sua performance nesta nova plataforma a qual o jogo está estreando.
O jogo foi portado para o PC pela Sucker Punch em conjunto com a Nixxes, uma das principais equipes da Sony que trabalham para levar os títulos da empresa para os computadores.
A história em Ghost of Tsushima é inspirada em um período histórico quando os mongóis invadiram a ilha de Tsushima (no Japão) no século XIII por volta do ano de 1274 e acompanha a aventura do samurai Jin Sakai após sobreviver a uma grande batalha. Com grande foco na narrativa e uma trama bem desenvolvida, o jogo sabe equilibrar muito bem com os momentos de batalha que são o grande charme do game, permitindo ao jogador utilizar suas próprias estratégias durante as lutas.
Preparando o setup
Para realizar os testes de desempenho, utilizei um computador com a seguinte configuração:
Placa Mãe: Asus TUF Gaming B660-PLUS WIFI D4
Processador: Intel Core i5-12600K @3.7 / 4.9 GHz
Placa de Vídeo: Gigabyte GeForce RTX 3080 OC 10 GB
Memória RAM: TEAMGROUP T-Force Vulcan Z DDR4 32GB (2x16GB) 3200MHz CL16
Armazenamento: SSD WD_BLACK SN850 2 TB
Logo de início, notei que Ghost of Tsushima estava desempenhando muito bem em resolução 4K (3840×2160 pixels) e defini que os testes teriam foco nesta resolução, uma vez que reduzindo para 1440p o jogo ultrapassa facilmente os 60 FPS, uma taxa que considero ótima para a experiência em jogos com foco no single-player e no modo história.
Para acompanhar nestes testes, aproveitei em alguns momentos para fazer uso do DualSense conectado com o cabo no PC e aproveitar as principais funcionalidades que trazem maior imersão para a jogatina, e em Ghost of Tsushima, oferecem de fato uma diferença durante as batalhas, principalmente para um fã da utilização de arco e flecha.
Partindo para os testes, a primeira escolha foi testar utilizando todas as configurações gráficas no Muito Alto, onde é possível extrair o máximo de qualidade oferecido pela desenvolvedora. Para minha surpresa, o jogo se sai muito bem oferecendo uma taxa média de 47 FPS, entregando uma ótima fluidez mesmo que abaixo dos 60 FPS e sendo uma marca ótima para quem possui televisores ou monitores com 120 Hz, tendo tranquilidade para travar em 40 quadros e obter grande fidelidade de fluidez.
Ao alterar as configurações gráficas para Alto eu consegui extrair uma taxa de quadros mais alta, sem prejudicar muito a qualidade gráfica, que a olho nu, não representa uma perda tão significante. A média alcançada com o preset Alto foi de 58 FPS, ficando bem próximo aos 60 FPS e entregando uma fluidez ainda maior sem necessidade de utilizar nenhuma tecnologia de upscaling de imagem. Vale mencionar que com uma taxa tão próxima dos 60 FPS, é totalmente possível ultrapassar esta marca reduzindo algumas definições gráficas para o médio nas configurações.
Aumentando a taxa de quadros com o DLSS e o FSR
O grande destaque para a versão de PC de Ghost of Tsushima Versão do Diretor fica para as possibilidades de upscaling utilizando tecnologias como DLSS da NVIDIA e o FSR da AMD, principalmente com a implementação do FSR 3.1 que permite a utilização do DLSS para geração de quadros juntamente do FSR para a criação de frames (frame generation), algo que até então não era permitido nativamente pela AMD. Com essas ferramentas disponíveis, realizei testes dois testes utilizando as tecnologias de aumento de taxa de quadros, ambas com todas as definições no Muito Alto.
Para um primeiro teste, escolhi utilizar apenas o DLSS no modo Qualidade para o aumento da taxa de quadros e obtive uma taxa de quadros média de 77 FPS, um resultado bem generoso em comparação a mesma configuração sem o DLSS ativado, onde alcancei 44 FPS. Ao todo foi um aumento de 64% na taxa de quadros, o que deixou o jogo com maior fluidez e passou com folga os 60 FPS. Por utilizar o DLSS com prioridade na Qualidade, a diferença gráfica não é perceptível durante a jogatina.
O segundo e último teste utilizando as tecnologias de upscaling foi realizado com o DLSS para geração de quadros e o FSR para geração de frames, considerando que a minha placa RTX 3080 não é compatível com o DLSS para a geração de frames. Seguindo o teste proposto, com configurações no Muito Alto, consegui extrair uma média de 105 quadros por segundo, um excelente resultado que entregou mais do que o dobro da taxa de quadros original e deixou o jogo mais fluído, sendo também possível alcançar com facilidade os 120 FPS colocando atributos gráficos no Alto e alguns no Médio, sendo esta uma excelente opção para quem deseja jogar em TVs ou monitores com taxa de atualização de 120 Hz.
Conclusão
Mais uma vez a Nixxes faz um ótimo trabalho com um port da Sony para o PC e junto da Sucker Punch entregou uma experiência sólida e bastante estável para os jogadores.
Ghost of Tsushima é um jogo que entrega ação em meio a uma história que consegue transportar o jogador para o Japão do século XIII. Um ponto positivo durante os testes é de que não encontrei grandes quedas na taxa de quadros durante os combates, mesmo com taxas mais baixas.
As possibilidades gráficas e o número de opções no PC, que também inclui a possibilidade de jogar em monitores ultrawide e super ultrawide fazem desta versão a definitiva para quem deseja experimentar o que há de melhor nesta aventura épica. Este é um dos melhores ports já feitos pela Sony para o PC.
É mais um título ímpar da grande biblioteca de exclusivos dos consoles PlayStation que avança para uma nova plataforma, e uma nova comunidade de jogadores. Algo que vem se tornando cada vez mais necessário num mercado de jogos que busca inclusão e acessibilidade, que precisa expandir mercados e alcançar novas pessoas. E buscar isso com os fortes títulos exclusivos dos consoles, é uma tremenda vantagem para a comunidade do PC, que é sempre tão receptiva e abraça tão bem jogos de alta qualidade, como é o caso de Ghost of Tsushima Versão do Diretor.
Dando nota
A narrativa e as batalhes se mesclam muito bem durante a aventura - 9.5
Opções gráficas que extraem o máximo do jogo e podem proporcionar taxas altas de quadros com o DLSS e o FSR - 10
DualSense é sempre uma ótima adição para a imersão, mas a necessidade de conexão via cabo pode atrapalhar a experiência - 9
O jogo entrega uma taxa de quadros bem equilibrada durante os combates, sem quedas bruscas - 10
Um grande leque de opções que inclui o uso de resoluções ultrawide e super ultrawide dão um novo ar para o game - 10
9.7
Fantástico
Ghost of Tsushima Versão do Diretor chega ao PC levando toda a qualidade que este grande título da biblioteca do PlayStation também levou aos consoles, quando originalmente lançado. O port do título tem a mais alta qualidade, mantendo firme suas taxas de quadro, e toda a qualidade gráfica possível, inclusive luz, sombra e objetos, além da possibilidade de expansão do campo visual do jogo nos enormes monitores que existem a plataforma. O resultado é uma experiência de alto desempenho e excelência que muitas vezes só é possível nos PCs de alta performance da era atual.