Análise | Tales of Graces f Remastered

Disponível para PlayStation, Xbox, Nintendo Switch & PC

Aqui estamos, com mais um remaster de um Tales of em mãos. Não é a primeira vez que visito os mundos da serie, alguns talvez se recordem, outros talvez não, mas se você é um visitante constante aqui do site, talvez tenha percebido que também escrevi os reviews de Tales of Vesperia: Definitive Edition, Tales of Arise e depois de sua DLC Beyond the Dawn e mais recentemente de Tales of Symphonia Remastered. No mundo de Tales of Symphonia eu já havia pisado quando saiu originalmente para o GameCube, mas os outros, as experiências que tive ao escrever as análises, foram as primeiras visitas.

Desta vez, com Tales of Graces f Remastered, também será a primeira vez que vou pisar nessas terras. Originalmente Tales of Graces saiu em 2009 para Nintendo Wii (inicialmente exclusivamente no Japão), e posteriormente saiu também para PlayStation 3, onde ganhou o F no nome e contou com conteúdos extras, mas chegou apenas em 2012 no Ocidente, o que faz dele um Tales of mais famoso no Oriente do que por aqui.

A versão na qual o Remastred se baseia é na do PlayStation 3. Tales of Graces f Remastered chegou agora, em 17 de janeiro, para PC (Steam), Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S, como parte das comemorações de 30 anos da franquia, sendo mais um lançamento da Bandai Namco.

Tales of Graces f é um JRPG (RPG japonês) de ação e vai nos levar a explorar o território de Ephinea, um lugar que vai ser explorado aos poucos, como manda a regra dos RPGs, e cada novo local tem uma imensidão de detalhes e conhecimentos a serem adquiridos e absorvidos. Todas as cidades têm os seus pontos de interesse próprios, e cada qual conta com uma temática própria que se reflete nas construções dos locais e vestimenta da população.

Uma coisa que devemos tomar cuidado são com os eventos Skits, pequenas interações que acontecem em certas áreas ao nos aproximarmos delas com configurações específicas em nossa party, o grupo de personagens que estamos controlando, as vezes passar por um mesmo local em determinados momentos pode ou não trazer esses eventos.

Nesses eventos temos desde conversas bobas entre os personagens, brincadeiras e explicações de fatos específicos, ficar sempre atento pode ser a chave para conferir todos. Para acioná-los basta tocar no botão central do controle do PS5 (ele apresenta uma frase no canto da tela com o nome do evento e diz qual botão apertar, no caso do Xbox e PC temos botões correspondentes também), muitos deles contam com conversas em áudio entre os personagens, então não é somente leitura de texto, antes que isso lhe passe pela sua cabeça.

O mundo de Ephinea

 Geralmente jogos da série Tales of acabam enveredando para consequências políticas de conflitos e desigualdades e que culminam em uma jornada do protagonista e sua turma para salvar o mundo e tal. Aqui as coisas não são diferentes. O jogo nos apresenta a história de Asbel Lhant, um jovem normal mas com uma leve queda a não se preocupar muito com as consequências e nem com os outros, colocando frequentemente a si e a seus amigos em perigo. Mas ele tem uma grande virtude, tentar a todo custo proteger aqueles que ama quando os mesmos se encontram em perigo, mesmo que a situação que os tenha exposto ao perigo tenha sido consequências indesejadas de seus próprios atos de não se preocupar com os resultados de suas ações.

Estamos no mundo de Ephinea. Assumimos o controle do jovem Asbel e sua trama começa de forma simples quando ele ainda é uma criança de 11 anos. Um belo dia ao visitar com seu irmão mais novo, contrariando uma ordem direta de seu pai,  um campo florido que também conta com um penhasco, Asbel e Hubert (o irmão mais novo) acabam encontrando no meio das belas flores (que recebem o nome de Sopheria), uma jovem com longos cabelos e roupas diferentes das da região. Após chamarem muitas vezes para acordá-la, a jovem acorda e menciona que foi a voz de Asbel que a despertou. Aparentemente ela está sem saber onde está, quem é e nem como agir, o que leva Hubert (o mais inteligente dos irmãos) a deduzir que a menina está com amnésia.

Ela sequer sabe como os irmãos podem lhe chamar, já que não se recorda de seu nome. Em um momento de descuido dos irmãos que começam a conversar entre si, intrigados com a situação da jovem, ela quase cai do desfiladeiro ao se encantar indo atrás de uma borboleta, sendo então salva por Asbel que a segura pela mão. Ato este que faz ela ficar inclinada a seguir Asbel, mesmo não se dando conta de que ele apenas a salvou da queda, ela fica sem entender a atitude dele. Sair com uma garota sem nome seria complicado e até mesmo chamá-la em um provável novo momento de descuido como este da borboleta. Ao observar o encantamento dela pelas flores da região, Asbel a nomeia de Sophie, tendo como referência o nome das flores, Sopheria. Ao ser questionada sobre seu novo nove, Sophie aceita o mesmo, ficando feliz.

Rapidamente Sophei volta com eles para a cidade, conhece a amiga de Asbel chamada Cheria (menina que sofre com alguma doença que a deixa fraca) e o grupo começa uma jornada para tentar descobrir quem ela é e de onde ela vem, paralelamente a visita de um nobre começa a gerar movimentação na cidade e mais uma vez Asbel ignora o pedido do pai de não causar confusão e parte para conhecer o jovem nobre que se chama Richard.

Richard é um nobre e acha Asbel tão qualquer um que faz pouco caso dele, até que para impedir que Richard receba um treinamento que ele não queria fazer, Asbel acaba por desafiar o instrutor para que assim Richard possa ter um momento de folga. Nesse momento  as coisas mudam de figura e Richard passa a acompanhar o grupo em pequenas aventuras onde se forma um grande laço de amizade entre eles, já que nenhum deles parece se importar com o fato dele ser um nobre, eles o tratam como um amigo sem qualquer intenção quanto a levar vantagem de seu título de nobreza.

Uma promessa de amizade eterna é feita aqui entre 3 membros desse grupo, e aqui cabe exatamente a frase máxima que é inclusive usada na divulgação de Tales of Graces f Remastered de que “os laços de amizade transcendem o tempo…”.

Mas as coisas não iam ficar assim por muito tempo, Richard convida o grupo para visitarem uma área secreta do castelo de sua família a noite e é aqui que as coisas desandaram de forma inimaginável e mortal para um dos membros do grupo. O evento se ramifica e culmina em fatos que acabaram separando os membros sobreviventes do grupo, onde cada um acabou seguindo um caminho distinto. Asbel fica arrasado por não conseguir proteger todos aqueles que amava e jura que isso nunca mais irá acontecer.

Tendo esse juramento como seu caminho de vida, ele decide entrar para a academia de cavaleiros de Windor (o reino governado pelo pai de Richard), mas não antes de ser surpreendido pela adoção de seu irmão Hubert por uma família militar do reino rival de Strahta. Asbel confronta seu pai por essa jogada política envolvendo seu irmão e este comenta que isso foi necessário para que Asbel pudesse assumir o seu lugar como lorde de Lhant. Após mais essa reviravolta ele foge de casa, entra para a academia de cavaleiros e somos surpreendido por um salto de 7 anos no tempo, que nos traz ao controle novamente de Asbel, mas desta vez já como um jovem espadachim com 18 anos.

Muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte e as aventuras de Asbel e de seus companheiros (alguns novos, outros antigos) ficam por sua conta a partir deste ponto, mas espere por um provável confronto entre reinos pelo controle do planeta e que este tenha ligação com aquele laço de amizade feito a 7 anos atrás…Revelar maiores detalhes acabaria com as surpresas que vão lhe pegar com toda certeza, assim como me pegaram no momento em que passei pelas mesmas.

Aproveitando o gancho, preciso falar que a construção dos personagens aqui é digna de nota, todas as “crianças” passam por transformações ao deixarem de ser “crianças” e se tornarem jovens adultos. Todos sofrem com alguma coisa no passado que deixou marcas, e todos terão que superá-las para se unirem em um grupo coeso e forte para com sua união tentarem salvar o mundo.

Asbel não é à toa um dos personagens mais queridos da franquia no Oriente, ele tem uma construção muito bem orquestrada e seu crescimento dentro do jogo é digna de elogios, ele passa pelo mesmo drama que muitos de nós passamos em nossas vidas e em diversos momentos, ficar preso entre fazer o que quer ou fazer o que esperam que ele faça. Vemos todos os personagens crescerem e ele crescer de uma criança sem limites e sem noção de perigo para um verdadeiro herói

Novidades e extras disponíveis

Como já se tornou padrão em outros jogos da série, aqui os encontros com o inimigos não são aleatórios, podemos ver eles no mapa e desviarmos deles caso estejamos cheios de tantas batalhas, mas a meu ver sempre vale a pena batalhar e ficar mais forte para as batalhas vindouras. Mesmo assim, caso não queria subir de nível ou ache desnecessário tantas batalhas, temos a opção de desativar os encontros com inimigos, tanto em áreas de ar livre quando nas masmorras (áreas fechadas, como castelos, cavernas e etc), podemos também pular as cenas animadas, o que é uma mão na roda caso não seja a primeira vez que vá batalhar contra um chefe (todo mundo sabe que temos aquelas cenas antes de encarar os chefes e ficar assistindo elas varias e varias vezes, no caso de derrotas seguidas acaba sendo cansativo hehehe).

No momento que se inicia o game nos abre um leque de opções que podemos escolher, mas que custam pontos, então devemos escolher sabiamente dentre as opções disponíveis tem o aumento de experiência (exp), aumento da quantidade de dinheiro recebido após as batalhas e inclusive o aumento da dificuldade baseado na diminuição da exp recebida. Tem opções para o gosto de todo freguês. Optei pelo aumento da experiência viabilizando uma dinâmica mais rápida, não temos mais tanto tempo quando tinha de ficar farmando exp derrotando inimigos então essa opção vai vir bem a calhar no meu caso onde o tempo para jogar no dia a dia acaba sendo reduzido.

Algo simples que também foi incrementado nesta versão é funcional para os jogadores com menos tempo para jogar, o que é uma mão na roda diga-se de passagem, já que o tempo não para. Temos agora um indicador na tela que nos mostra a distância até o próximo objetivo que vai dar procedimento a história, mas ainda assim estamos livre para ficar perambulando pelas cidades ou derrotando monstros pelo caminho, é apenas um indicativo, caso pressionamos um dos gatilhos temos uma frase que nos diz o que fazer em seguida, mas de forma bem sutil não dando spoilers nem nada. Também para nos poupar tempo, caso sejamos derrotados nas batalhas, podemos dar um “retray” e tentar de novo e não voltamos no último ponto de salvamento, o jogo até dá essa opção, ai fica de cada um o que fazer, se acha que vai conseguir na próxima tentativa sem alterar equipamentos, ou se é necessário mesmo voltar ao último save e ajustar alguma coisa.

Uma curiosidade que também foi adicionada é que agora as conversas entre os membros do grupo após vencerem uma batalha, que antigamente era apenas em áudios, agora tem legendas também, algo simples mas ficou interessante e demonstra cuidado para com os jogadores. Ah aproveitando a deixa, infelizmente todas as legendas estão em inglês, não foi dessa vez que contamos com dublagem ou legendas em português, curioso que o quando se cria o ícone do jogo no PS5 após a instalação a chamada do jogo está em português, mas o jogo não conta com a mesma opção de idioma.

Sem esquecer, ainda temos mais um extra nesta versão é “Lineage and Legacies” que nos apresenta uma história que se situa após o término da aventura principal, nela temos uma passagem de tempo de 6 meses desde o término da jornada de Asbel e seus amigos por toda Ephinea, Sophie não está no seu melhor momento, pois sua preocupação com o seu futuro “predestinado” está sendo um fardo difícil de lidar e ela está determinada a achar outra saída. Mas ainda tem mais, paralelo a isso, coisas estranhas começam a acontecer no território de Ephinea novamente e cabe a Asbel reunir seus amigos novamente e partir em viagem, para descobrir a causa da anomalia e tentar resolver a situação antes que saia de controle. Este conteúdo fecha muitas pontas soltas que ficam na história e que não foram respondidas no lançamento original do jogo no Nintendo Wii.

O sistema de batalhas

A grande mudança no sistema de batalhas da série Tales of aconteceu em Tales of Symphonia em 2003 e, como já comentei em outros reviews, esse sistema se consolidou como o padrão da série e vem sendo praticamente o mesmo desde então, obviamente se já jogou algum Tales of você já vai saber sair se virando muito bem por aqui também.

O sistema de batalha recebe o nome de Multi-Line Linear Motion Battle System e é bem funcional e muito prático por assim dizer. Os combates são em tempo real e sempre controlamos apenas um dos personagens exibidos na tela enquanto cabe a IA assumir o controle dos outros 3 membros da equipe (o limite são 4 lutadores ao mesmo tempo, mas podemos alterar os membros ativos e inclusive controlar alguém que não seja o personagem principal, que aqui no caso de Graces é Asbel Lhant. Embora seja um jogo pensado no single player, durante as batalhas até 3 outros jogadores podem assumir o controle dos demais personagens, fazendo com que a aventura possa ser compartilhada com amigos ou membros da família, sendo aquele multiplayer de sofá, não online.

Tales of Graces f apesar de ter muitas batalhas contra inimigos e chefes poderosos, não é jogo de luta então massacrar os botões não vai resultar em um bom resultado, até mesmo pelo fato de não podermos usar as técnicas várias vezes consecutivamente, então vamos te que ir usando técnicas diferentes gradualmente na batalha, enquanto esperamos as mais poderosas terem sua utilização recarregadas para um novo uso, mas é coisa rápida, não se desespere.

O analógico esquerdo pode abrigar em suas 4 direções 4 Arts diferentes, pressionando o mesmo para um direção e o botão de ataque vai resultar em no uso da Arts vinculada aquela direção do analógico, podemos ir alterando elas conforme vamos progredindo e ganhando novas habilidades, como os ataques especiais, as Assault Artes e Burst Artes, que são ataques mais poderosos e alguns deles envolvem ainda magia. Temos também o golpe padrão que é bem fraco, mas que funciona para unir combos de ataques e recuperar o poder para poder usar as técnicas mais poderosas, o que deixa prática a recuperação e a possibilidade de usar os golpes mais poderosos em seguida. Mas estamos falando do personagem controlado pelo jogador e os outros membros da equipe?

É possível configurar nossos parceiros de batalha para tomarem atitudes que se adequem melhor ao estilo de batalha do jogador. Podemos programar para que eles foquem seus ataques nos inimigos mais fracos, nos mais fortes, que nos defendam, cuidando de nossa retaguarda ou até mesmo nos curando em situações de risco. Podemos até configurar em um dos botões de técnicas mencionados acima para que ao pressionarmos o mesmo um dos colegas de equipe realize um ataque específico ou uma técnica de cura, o que pode significar a diferença entre a vitória ou a derrota em uma batalha mais complicada. Todas as técnicas evoluem para versões mais poderosas após o usos repetidamente.

Para adquirir novas habilidades temos os títulos que estão intrinsecamente ligados ao desenvolvimento de habilidades e tributos. Ao longo do jogo, seja na exploração do cenário, no decorrer da história, do encontro com inimigos, de ficar envenenado, dormindo ou ter outra alteração de status causada por algum inimigo, algo assim, vamos conquistando novos títulos que podem ser equipados. Cada título tem uma gama de melhorias específicas e habilidades que são conferidas ao personagem quando equipado (equipamos o título no caso).

Ao completar batalhas os títulos vão subindo de nível e os bônus que oferecem ficam mais poderosos. A progressão da história e da dificuldade das batalhas coexistem de forma interessante pois precisamos treinar para ficarmos mais fortes e liberar novos títulos, que consequentemente terão outros bônus e habilidades disponíveis. Ficamos com aquela vontade de avançar na história mas também de participar do maior número de batalhas possíveis para ganhar novos títulos e evoluir os personagens.

Criando itens e cozinhando também

Temos 2 sistemas que nos permitem criar/fundir itens. O primeiro que temos acesso é o Dualizing, que recebemos de um cara bem suspeito logo no começo do jogo, ele fala coisas sem nexo, mas nos ensina isso então tá valendo, você pode fazer uso desse método nas lojas ou com outros personagens como ele que estão em locais estratégicos das cidades.

Dualizing permite fundir 2 itens e criar um novo, muita coisa vai servir apenas para ser vendida por um preço superior, como fundir cascas de monstros com gravetos, ou pregos com engrenagens (criando uma caixa de música por exemplo), mas podemos fundir materiais com nossas armas, dando alguma característica especial para elas.

Além de fundir ingredientes culinários e criar pratos de comida mais requintados, esses sim têm efeitos práticos como aumentar ou recuperar a vida dos personagens e curar status. Logo se torna interessante olhar de vez em quando o que podemos fundir, sempre poderemos saber o que vai ser gerado das fusões pois o jogo mostra o nome do item e inclusive avisa se for um item novo que nunca obtivemos ainda. Ingredientes de comida podem ser fundidos também criando pratos de comida.

Um pouco mais tarde recebemos o Eleth Mixer uma espécie de máquina onde podemos colocar item dentro e ele vai gerar mais daquele item. Ele gasta uma energia/mana que pode ser recarregada a um custo em dinheiro nas lojas do jogo, mas não pareceu gostar muito com os itens que coloquei nele, mas ele gera os itens meio aleatoriamente baseado na % de probabilidade do item ser gerado, alguns itens como consumíveis (frutas) a margem é de 75% para mais, enquanto itens mais complexos pode ser de 10% ou menos. O jogo sempre avisa quando recebemos algum item do Eleth Mixer e o item gerado vai para o seu inventário automaticamente.

Visual e Som

Como já falei, não temos opções de áudios e legendas em português, então temos áudio em inglês e japonês e grande parte dos diálogos estão dublados. Eu joguei usando o áudio em inglês e no meu ponto de vista tudo se encaixou, mas não há nada que mereça um destaque, cumpriu o básico e o já esperado por assim dizer. A trilha sonora também é boa o suficiente, mas as músicas além da abertura que é mais agitada dificilmente vão surgir em sua cabeça quando pensar no game.

Graficamente falando Tales of Graces f Remastered em grande parte continua sendo o mesmo de seu relançamento no PlayStation 3, mas com texturas atualizadas, uma paleta de cores mais vibrante e o uso de recursos úteis para melhorar a qualidade de vida gráfica como um todo. Temos aqui uma atualização, então todo o jogo roda a sólidos 60 quadros por segundo no PS5, PS4, Xbox Series X|S e PC, já no Nintendo Switch, ficamos com os mesmos 30 quadros de antigamente. No PlayStation 5 graças às suas capacidades, temos aqui um bom aumento de resolução para 4k, o que dá a impressão do jogo está super nítido, mas no fundo no fundo ainda estamos vendo gráficos claramente possíveis desde a versão para Wii.

Considerações finais

Tales of Graces f Remastered vale a pena? Mas é óbvio que vale! Não só para quem já é veterano na série Tales of, não somente para quem jogou o Tales of Graces f lá no seu lançamento, mas para qualquer jogador que goste de um JRPG e aprecie uma boa história. Pesa um pouco negativamente, o fato de não possuir legendas em português e isso pode e vai afastar muitos jogadores e outros ainda podem jogar e não entender tudo que o jogo tem a oferecer. Sou um gamer das antigas então consegui jogar, mas com certeza se o jogo estivesse em português como aconteceu com Tales of Arise ou Tales of Vesperia Definitive Edition com certeza seria muito melhor.

Existe muita coisa para fazer em Ephinea, temos títulos para procurar, livros da biblioteca para encontrar, cartas, conteúdo pós game e masmorras, tudo isso controlando um elenco que vimos crescer de quando eram crianças. Pode parecer algo até simplório para alguns, mas é cativante assistir esses amigos de infância se reunirem novamente, em uma situação diferente, mas complexa e tumultuosa, envolvendo salvar o mundo obviamente, mas tudo culmina com redescobrir seus laços e afeições que os tornaram tão próximos no começo de tudo, os traumas da infância foram grandes, mas eles vão se curando com o avançar do tempo e isso é algo satisfatório de se ver.

Resumindo, gostei do resultado, mesmo não podendo conferir esta obra no meu idioma nativo. Sei que novos remasters estão no forno pela comemoração de 30 anos, e espero particularmente que uma dessas seja de Tales of the Abyss, jogo que joguei no PS2 e que sempre quis poder jogar novamente, talvez essa hora esteja se aproximando, torço por isso! Mas até lá, espere desvendar os mistérios que envolvem Asbel e seus amigos aqui em Tales of Graces f Remastered.

Galeria

Dando nota

Opções que facilitam a experiência presentes desde o início tornam o jogo mais acessível para todos os jogadores - 8.5
A jogabilidade está ótima como está sendo nos últimos jogos da série - 9
Personagens envolventes que vão se desenvolvendo na história - 9
Desempenho concreto, não apresentou engasgos ou travamentos - 9
Não foi dessa vez que tivemos a localização para o nosso português - 7
O sistema de combate recompensa o jogador que dominar as técnicas e os timing precisos para criar combos - 8.5

8.5

Ótimo

Tales of Graces f Remastered é exatamente o que se espera de uma remasterização, apresenta melhorias gráficas que fazem com que um  jogo “antigo” pareça novo nos consoles atuais, traz todos os conteúdos extras existentes, adiciona opções extras aqui e ali, facilita a jogabilidade e possibilita a chegada de novos jogadores que não tenham conhecido o jogo anteriormente.

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