Análise | Horizon Zero Dawn Remastered
Disponível para PlayStation 5 & PC
Horizon Zero Dawn Remastered é um título que pode causar desinteresse de certa parte da comunidade do PlayStation, especialmente dos que destrincharam fartamente a aventura original de Aloy, contudo, também é a melhor oportunidade de vivenciar essa experiência caso ainda não tenha feito, ou se fez, de matar saudades do jogo, principalmente sabendo que após a sequência Horizon Forbidden West (2022), seu antecessor inevitavelmente apresenta algumas características já datadas. E é por isso que essa remasterização não é um evento obrigatório, mas certamente é pertinente.
Pense que trata-se de um título lançado pela primeira vez em 2017, quando sequer sabíamos que teríamos que sobreviver a uma pandemia global. E tudo bem, no mesmo ano foi atualizado para rodar de forma mais eficiente no PlayStation 4 Pro, e apesar do título ser compatível com o PlayStation 5, ainda assim é uma versão que roda no atual console da Sony através do sistema de retrocompatibilidade.
Isso significa que a versão remasterizada, lançada oficialmente em 31 de outubro do ano passado, é a primeira edição inteiramente adaptada para o PlayStation 5, aproveitando todo o potencial de hardware do console, assim como todas as funções do controle DualSense. Certamente isso causa um enorme impacto na experiência de jogo, o que será abordado mais a frente neste texto.
Entretanto, vale pontuar que esta não é a primeira vez que a Sony resgata o título. Em agosto de 2020, uma versão do jogo, chamada de Complete Edition, chegou a ser lançada para PC & PS4, alguns meses antes do lançamento do PS5 (que ocorreria em novembro do mesmo ano). A iniciativa, na ocasião, serviu para inaugurar a política de mudanças da empresa para com seus exclusivos, a qual estes passariam a ser lançados no PC, mas somente após certo tempo depois da versão para console – o que tem ocorrido desde então. A Complete Edition, no entanto, não traz qualquer aprimoramento gráfico, e se limita apenas a reunir o jogo base e todas as DLCs lançadas até então.
É por isso que Horizon Zero Dawn Remastered vai além da edição de 2020, tanto no PlayStation 5, quanto também na nova versão que chega ao PC. Os gráficos foram massivamente atualizados para os padrões e poderio do atual console. Mais elementos de ambiente, mais objetos pelos cenários, melhores efeitos de luz, movimento, sombras, líquidos, assim como fumaça e explosões, outros aspectos técnicos, de expressões faciais e movimento dos cabelos. O que se buscou nessa edição foi justamente a qualidade gráfica que a sequência, Horizon Forbidden West, conseguiu entregar quando lançado em 2022, já plenamente adaptado para o PS5.
A remasterização vai além dos novos gráficos, pois houve também um aprimoramento massivo na parte sonora. Mais de 10 horas de diálogos foram regravados, e muitas animações foram aprimoradas utilizando estes novos arquivos de áudio. A trilha sonora e feitos sonoros também sofreram melhorias aproveitando o hardware mais poderoso do PlayStation 5. O jogo também já está plenamente adaptado ao PlayStation Pro, com suas resoluções absurdas e taxas de quadros incrivelmente estáveis.
O DualSense também faz sua parte nesta nova edição, permitindo que o jogo faça uso dos gatilhos adaptativos, da vibração diferencial e única, além dos efeitos sonoros que saem do controle em diversas situações e cenários dentro da experiência da jogabilidade. Uma experiência que deixa a jogabilidade muito mais perto do que Horizon Forbidden West já havia demonstrado ser possível no controle.
Há também outro ponto interessante de se apresentar no que diz respeito a Horizon Zero Dawn Remastered, que diz respeito a sua compatibilidade com o save das edições anteriores do título no PS4. Isso é legal, porque como trata-se de uma aventura de dezenas, até mesmo uma centena de horas, quem está desfrutando dele numa versão antiga, pode continuar de onde parou, sem necessitar reiniciar desde o começo. Ou até mesmo aproveitar um New Game Plus, mantendo habilidades adquiridas, e desfrutar da aventura em uma nova dificuldade, mas com todas as maravilhas da remasterização no PS5.
A Sony até foi honesta nesse sentido, pois donos do jogo no PS4 pode fazer uma atualização (paga) para migrarem para a edição remasterizada, sem a necessidade de comprar o jogo em seu preço cheio (R$ 250). Para isso, a taxa é até razoável (R$50). Deveria ser gratuita? Não acho que seja o caso aqui, porque é sim uma experiência nova e melhorada, que envolveu novos custos para ser produzida, e uma taxa de atualização é mais do que justa.
Antes de adentrar no próximo segmento da análise, reitero o que disse lá no primeiro parágrafo. Não estamos aqui falando de um jogo obrigatório de se ter no PlayStation 5 se você já teve a experiência dele no console anterior, contudo, é pertinente no sentido de permitir que ele seja reapresentado a novos jogadores, da mesma forma que permite a revisitação dos fãs, agora com uma experiência que se faz justa e digna ao que o PlayStation 5 entrega com seus títulos exclusivos. Simples assim.
Aventura inicial
Pensando nos dois jogos que existem dentro da franquia de Horizon, e considerando alguém que ainda não tenha jogado nenhum, acredito que começar por Zero Dawn seja a melhor opção. E isso vai um pouco além do fato da história de Aloy ter seu ponto de partida aqui, quando o mundo surge repleto de mistérios, quando se é apresentado mais sobre a cultura de sua tribo natal, por acompanhar um momento chave de sua infância, quando ela encontra o aparelho denominado Foco dentro de escombros da antiga civilização tecnológica, e de sua jornada ainda jovem atrás do mistério de sua mãe ou da importância que ela tem para as máquinas em si. O ponto de origem da narrativa está no primeiro jogo, é óbvio.
Mas não só por isso. O ponto é que Horizon Forbidden West, quando lançado 5 anos depois do primeiro jogo, fez o que toda sequência precisa fazer, que é ter mais de tudo e ir além da experiência anterior. Então há mais inimigos, com mecânicas de combate mais elaboradas, assim como Aloy tem mais habilidades, como uma lança arremessável redefine o combate, assim como o mundo do jogo como um todo se expande, NPCs ganham maior peso, nova áreas surgem e a dimensão da experiência é aumentada de forma que cumpre toda a expectativa de uma sequência.
Passar por isso sem ter jogado a aventura original não é um problema, porque cada título se encaixa bem como uma aventura solo, contudo, jogar a sequência, para depois ficar curioso por Horizon Zero Dawn, vai criar algumas expectativas por ferramentas e mecânicas que o jogo de 2017 não tinha como saber que viriam a existir. E por isso, o escopo da jogabilidade é mais contido, assim como a narrativa ainda estava encontrando um meio de funcionar dentro do formato de um videogame, sem que houvesse uma perda cinematográfica, a qual o PlayStation sempre buscou em suas últimas gerações.
A remasterização, por exemplo, ajuda bastante com alguns aspectos visuais, e torna Zero Dawn tão bonito quanto Forbidden West é. Além disso, algo muito criticado no jogo de 2017, eram as animações e falta de expressões faciais convincentes de alguns personagens, e até mesmo de Aloy. Regravar diálogos e refazer algumas animações certamente melhoram, e muito, este aspecto na remasterização. Há melhora significativa nas cutscenes do título.
Entretanto, ainda que haja tal melhora nas cinemáticas, isso não elimina o ponto de que as vezes o roteiro de Zero Dawn entrega conversas que soam redundantes, e muitas vezes parecem enrolar demais nas informações que o jogador quer saber, o que faz com que elas percam o ritmo. É difícil explicar, mas a linha de diálogos muitas vezes não leva a nenhum lugar significativo, sendo apenas uma monte de opções a qual o jogador irá clicar em todas até exaurir tudo que o NPC pode dizer, enquanto fica na expectativa de que em algum momento algo muito importante poderá ser dito, e quase nunca é.
Chegar em uma vila nova dentro da campanha é um daqueles momentos em que tive que respirar fundo, porque entendi que iria precisar falar com um monte de gente, que iriam me pedir um monte de tarefas secundárias, e que, enquanto a execução delas me levam a locais legais de batalha e exploração, os diálogos apresentando os causos e contos de cada um, iriam me deixar entediado. A quebra de ritmo entre uma nova vila, e a continuidade da exploração da aventura, é gritante.
Não só isso, mas pensando na situação da própria Aloy, que cresceu como uma banida de sua vila, isolada de tudo, sem nunca ter entendido a dimensão do mundo em si, e vendo como ela reage a tudo que ela jamais pensou que existiria… é um pouco destoante como muitas vezes suas reações não condizem com a forma como o jogador está se impressionando ao explorando esse mundo. Quase uma dicotomia.
Volto a afirmar, a remasterização ajuda a amenizar esse aspecto da narrativa, com melhores visuais e animações, mas não a elimina ou faz com que seja mais dinâmico ou melhor ritmado como Forbidden West conseguiu ser.
Contudo, há que se pontuar que Horizon Zero Dawn, e até mesmo sua sequência, não surgiram com a pretensão de uma experiência cinematográfica num nível de The Last of Us. Não mesmo. O jogo é uma experiência típica de um videogame, dentro do gênero de exploração de mundo aberto. E nisso sua maestria é fenomenal.
O mundo de Zero Dawn, quando vivenciado pela primeira vez, é repleto de surpresas. Os ambientes pegam constantemente o jogador de surpresa, porque vão de matas fechadas em florestas a cavernas tecnológicas repletas de cabos e tubos que criam essa mistura de selva e tecnologia que resultam num ambiente único, original e extremamente criativo. Afinal, estamos falando de um mundo onde animais vivem entre a natureza de uma forma integrada, enquanto humanos continuam sendo o organismo que agride a ambos, selva e tecnologia.
Fora que explorar um mundo repleto de feras mecânicas resulta em cenários únicos de combate, combinada com uma jogabilidade que explora entre a abordagem furtiva, eliminando as feras sem ter sua presença revelada, para algo mais agressivo, conseguindo lidar com múltiplos inimigos, mesmo que o ambiente não lhe pareça favorável, basta ter os recursos e ferramentas necessárias, consumindo-as sem receio de um inventário esgotado.
Jogabilidade é o ponto forte de Zero Dawn, com controles que respondem com exata precisão, dentro de um sistema que permite o jogador se esquivar de ataques e também desacelerar o tempo, mediante certas condições, para que cada flecha lançada, faça valer a pena o risco de usá-la. Some isso ao bem estruturado sistema de construção de munição, que ocorre em tempo real dentro do combate, e que nunca frustra o jogador por ter que fazer isso para que os estoque de bombas, armadilhas ou flechas possa ser reabastecido.
E por mais que o primeiro jogo não tenha todo o arsenal que sua sequência apresentou, Zero Dawn ainda consegue ser competente com o básico, e o combate nunca soa enfadonho ou repetitivo. As possibilidades de abordagem contra os inimigos possuem um repertório satisfatório, e elementos imprevisíveis fazem parte das possibilidades do mundo.
Exemplifico isso com um momento em que estava jogando esta nova edição, invadindo uma tribo inimigo, lidando então contra inimigos humanos, quando duas feras robóticas que rodam próxima ao local foram atraídas pelo caos do combate, e adentraram na vila. Morri nessa ocasião, pois já tinha domado muito dano dos inimigos humanos, ao optar por uma abordagem agressiva, e não estava preparado para lidar com duas feras metálicas no terreno da vila. Em uma segunda tentativa, mais furtivamente, as feras não vieram, e deu tudo certo pra mim.
Dito isso, também é válido dizer que Horizon Zero Dawn tem certos elementos comuns a fórmula dos jogos de mundo aberto, que também podem desalinhar um pouco os chakras da experiência de cada jogador. Repetição é um verbo comum dessa fórmula e, aqui, talvez a invasão de grupos de acampamentos inimigos seja a expressão desse elemento de repetição que nem sempre é prazerosa quanto lutar contra a fauna mecânica da aventura. Afinal, lidar contra inimigos humanos é um ponto comum do gênero, e aqui, eles não oferecem uma ameaça tão crível ou entregam uma inteligência artificial que cause qualquer destaque em termos de gameplay.
Contudo, tirando esse elemento, explorar o mundo de Zero Dawn é uma boa experiência para fãs do gênero mundo aberto. Há colecionáveis por todos os cantos, se souber procurar, além de atividades opcionais e secundárias, como campos de caça e tarefas de NPCs que precisam ser realizadas em certos locais do mundo. O título é tão confiante da qualidade de sua exploração, que não se sente intimidado a fazer o jogador atravessar uma enorme parte do mapa, apenas para encontrar um item, NPC ou batalha que necessite ser realizada. E mais, dá para fazer viagem rápida, porém só por meio de um item consumível. O mapa não tem qualquer vergonha de lhe apresentar dezenas de ícones de atividades para realizar no jogo.
Além disso existe um esforço da aventura de entregar momentos distintos ao longo da aventura. Ainda é um jogo em que você irá passar muito tempo na mata, coletando itens e enfrentando fera, contudo, há ambientes enormes e vastos, de planícies, desertos, regiões de neve, além de muitas cavernas que ocultam o segredo a respeito da tecnologia antiga que deu origem as feras mecânicas espalhadas por todo o mundo.
Não sinto que é um jogo que explora tanto elementos de exploração vertical, porém, tem momentos em que é preciso subir montanhas, assim como momentos pontuais de plataforma aqui e ali. A mobilidade no primeiro jogo as vezes soa um pouco mais restritiva do que sua sequência, mas isso não impacta tanto a aventura original. Da mesma forma que a árvore de habilidades é bem cadenciada aqui, por ser menor. Demora um tanto para conseguir ir liberando tudo que a mesma pode oferecer.
Tudo isso para dizer que é preciso olhar para Horizon Zero Dawn Remastered e entender que é um jogo que vem de um passado de 8 anos atrás, e portanto, há que considerar sua idade original, especialmente quando comparado com sua sequência de 2022. Sim, a edição atualiza os gráficos e aspectos técnicos que tornam a experiência mais glamourosa no PS5, assim como o controle DualSense também faz sua parte ao dar um tempero extra a jogabilidade, mas é só isso mesmo. Gameplay por gameplay, ainda é o mesmo, considerando, claro, que já era um aspecto de excelência desde o princípio.
Considerações finais
Horizon Zero Dawn Remastered talvez pareça redundante num momento em que a indústria de games tem colocado remasterizações de baciadas no mercado, mas se houver um olhar mais individual, para com o PlayStation 5, por exemplo, a chegada do título é mais do que bem vinda em termos da experiência que o jogo feito especialmente para a plataforma tem em comparação com o mesmo jogo na retrocompatibilidade.
Aí vem as perguntas que os jogadores fazem, especialmente os brasileiros, que sempre precisam contar no dedo o que querem possuir em seus consoles, dado os altos valores do nosso mercado e também da nossa sofrida economia. Então as repasso aqui, rapidamente:
“Já joguei massivamente o jogo no PS4, devo experimentar a versão remasterizada?” Sinceramente, acredito que não exista grandes razões a menos que queria repetir a experiência original. Ainda é o mesmo jogo, porém visualmente mais bonito. Felizmente, neste caso, a taxa de atualização de R$50 é incrivelmente justa e honesta, se você atende as condições para o upgrade (ter a mídia física ou o jogo digital).
“Acabei atropelando as coisas e joguei apenas Forbidden West. Será que vale a pena jogar seu antecessor?” Acredito que, ainda é uma aventura que valha a experiência, contudo, neste caso, acho importante ressaltar que é necessário aquele olhar sob a perspectiva de que Zero Dawn tem menos elementos do que sua sequência. Ainda é excelente, mas seu escopo é mais contido, em termos narrativo, em termos de conteúdo de mundo, em termos de jogabilidade. Essa inversão na ordem dos títulos pode ser sentida, então o ideal é uma expectativa mais baixo em relação ao que você já conhece desse universo.
E, por fim, “não joguei nenhum dos jogos dessa franquia, vale a pena começar por esta remasterização?“. Agora sim, para essa pergunta posso afirmar com a mais absoluta certeza de que sim, é altamente recomendado começar daqui. Ambos os jogos possuem alto valor, e jogar o primeiro não lhe fará se sentir enfadonho para com o segundo, cuja a experiência possui uma evolução natural e muito bem idealizada.
Acho que isso cobre qualquer dúvida essencial no que diz respeito a adquirir ou não Horizon Zero Dawn Remastered. O que me resta é reforçar os elementos já discutidos ao longo da análise. A remasterização faz um ótimo trabalho em manter a essencial original do título de 2017, porém o atualiza para uma direção de arte nivelado ao de sua sequência de 2022. Ambientes mais bonitos, com melhores animações dos NPCs, com diálogos refeitos e uma cinemática mais ajeitadinha.
Isso não significa que o problema de ritmo narrativo foi consertado, pois não imagino como isso seria feito. A gordura narrativa ainda está lá, especialmente nas conversas secundárias e opcionais, porém exigidas para a ativação das muitas tarefas e missões secundárias que no elemento da jogabilidade são ótimas e, portanto, valem ser realizadas. Isso dá, inclusive, um bom valor de replay dentro da aventura.
E no final das contas, mesmo que Aloy encontre tantos NPCs tagarelas ao longo de sua jornada, toda a construção do mundo de Horizon é fascinante. Essa balança entre natureza versus máquina, ou como a tecnologia se integrou a natureza, é um dos melhores elementos estruturais da obra. Coloca o fim da humanidade e o papel do homem nisso tudo em uma boa reflexão sobre quem fomos e o que podemos nos tornar. É maravilhoso.
No que diz respeito ao gameplay, Horizon Zero Dawn Remastered, cumpre todos os verbos de um jogo de exploração de mundo aberto. Dá um mapa com trocentos ícones e atividades, que vai lhe fazer sair da missão principal constantemente, e sim, você irá querer isso, num ambiente hostil, repleto de ameaças, dentro de um sistema de batalha satisfatório, onde combate corpo a corpo não tem qualquer efetividade, deixando para o arco e flecha ser astro da festa. Não é pra menos que é um dos melhores jogos na categoria da arqueria.
Parece simples, mas todo o sistema do combate e da jogabilidade, favorecem esse conceito de uma caçadora e seu arco. E vai desde armas as armadilhas com o arco, para a forma como a câmera se posiciona no ombro do personagem e de como a câmera se desacelera. As feras mecânicas também foram criadas para esse conceito, onde partes de suas estruturas são pontos fracos e caem quando atingidas. O efeito desse combate é a satisfação do jogador, de fazê-lo realmente se sentir um caçador.
Indo adiante, também é importante dizer que Horizon Zero Dawn Remastered está rodando de forma impecável no PlayStation 5. Em nenhum momento da minha experiência com o título vivenciei qualquer bug ou crash enquanto jogada. A taxa de quadros se manteve sempre estável e em nenhum momento percebi o jogo engasgar ou apresentar qualquer lentidão.
No mais, acredito que revisei tudo que ainda é pertinente desta remasterização. Verdade que talvez ele pode não ter tido toda a atenção que deveria ter estando dentro de uma janela de lançamento de fim de ano. Saiu em um momento estranho, é verdade, mas aqui estamos, em 2025, e ainda tem tempo de qualquer um conhecer um dos melhores títulos exclusivos do PlayStation. Não tenha dúvidas disso.
Galeria
Dando nota
Maior mérito da remasterização é atualizar os gráficos para o que os jogadores viram em Forbidden West - 8.8
Jogabilidade se mantém fiel ao original, enquanto que DualSense trata um tempero adicional - 9.2
Mesmo com diálogos regravados e animações aprimoradas, mantém certa enrolação em alguns pontos narrativos - 7.8
Mundo de Horiozn, misturando natureza e tecnologia continua sendo impressionante, mesmo após tantos anos - 9.2
Quem debulhou o jogo no PS4 não encontrará muitos motivos para retornar aqui - 7.5
Contudo, a taxa de atualização (R$50) compensa para quem ainda não se cansou desse mundo - 8.2
Remasterização serve justamente como excelente ponto de entrada da franquia - 9
8.5
Fantátisco
Horizon Zero Dawn Remastered entrega a experiência definitiva da aventura de origem de Aloy, atualizando os gráficos para o nível da sequência que já se encontra disponível no PS5, enquanto mantém a jogabilidade original, atualizada para o DualSense. Na prática, a remasterização busca essa atualização e evita mudar o conceito original. Quem já jogou, sabe pelo que esperar, contudo, quem nunca jogou, esta é versão definitiva para a obra. Fora isso, o preço de atualização, para quem possui o título, é justo e válido, se é seu desejo revisitar a jornada de auto descoberta de Aloy, e os mistérios do mundo de Horizon.